As anomalias terrenas ressurgem
Para o além dos pensamentos
E brotam na realidade de cada dia
Elas reaquecem antigos mitos e medos
E fortalecem a incontrolável dimensão
espiritual
Ora para o bem, ora para o mal
Cada ser dessa terra de guerreiros e forasteiros
Damas e prostitutas, anjos e demônios
Culpados e inocentes, alienados e
subversivos
Carrega em si o receio, o ócio
A inocência e a culpa
Por ter alimentado incessantemente seus
monstros
Seus fantasmas e as bruxas em Lótina
Estas que tomam formas humanas
Aparentemente perfeitas, insanamente
reais
Popularmente bruxas
Que dominam as esferas sentimentais
Devassam o campo do coração
E o transforma em deserto árido
Terra de ninguém, habitada por zumbis
Depois das banidas bruxas da inquisição
Que foram culpadas sem comprovação
Eis que a atmosfera de Lótina
Se insurge contra todos e contra
ninguém
Uma vez que elas estão em outra
dimensão...