Achegue-se mais para um dedo de prosa
Falemos dos bichos, das flores, da vida
Alegremos pela terra e pela água tão límpida
Sorrimos ao céu, às estrelas, às rosas
Ao voltares das guerras, civis, sociais ou urbanas
Descarregue-se das armas, munições e desesperanças
Desnude-se da farda, das imposições e lembranças
Banhe-se no aconchego familiar, recanto de águas calmas
Assente-se mais perto, tão perto que eu lhe possa escutar
Conte-me de seus devaneios, aventuras e caminhares
Suas noites geladas sem céu, suas canções, seus altares
Olhe-me nos olhos, tão mais fundo que eu possa tocar
Saudosos tempos idos que perduram na memória
Que levou nossa vivência pra tão longe essa correria
Que fez a amizade sucumbir na ausência do dia a dia
Mas ainda nos deu a chance deste dedo de prosa se eternizar na
história...
Achegue-se mais...
Achegue-se mais...