Há um tempo
Em que brilham somente as luas
E no jardim só florescem rosas
Uma terra que já foi deserto
Com requinte de oásis
Penumbra solitária nas noites de sertão
Amanhece fria com o orvalho da manhã
Manhãs de estrelas
Manhãs de luas
Manhãs de rosas
Manhãs escuras sem sol
Incendiosa terra inexplorada
Queima ardilosamente
Na
terra da paixão
Há
um tempo
Em
que tempo se eterniza
Sob
os clarões que sombreiam
A
silhueta dos corpos envolvidos
O
perfume exalado enfeitiça
E
as pétalas tornam-se cama
A
noite é eterna no vermelho
Vermelho
das luas
Vermelho
das rosas
Vermelho
do pacto de sangue
Incendiosa
terra inexplorada
Queima ansiosamente à espera...
Queima ansiosamente à espera...