sexta-feira, 30 de junho de 2017

Entre poderes e loucos


Essa lei que escolhe a quem servir
Essa lei que escolhe a quem abater
Essa política que segrega e oprime
Esses políticos que trabalham para se manter no poder
Esse país de paralelos
Esse país de poucos
Esse país de mazelas
De marginais poderosos e loucos...
Desconstrói-se a esperança dos dias
Comemoram os nobres da corte
Aniquilam sonhos e utopias
Mas o poder mantém os chefões com a sorte
Margens, mazelas, poesias e prantos
Sobrevivem na trama alguns outros poucos
Que desbravam fronteiras com lutas e cantos
E nesse mundão desmedido sobrevivem apenas os loucos...
Vida longa aos loucos!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

"A dama e o vagabundo"

 *Snoop 

ATENÇÃO!                                  
"Não, não é um comentário sobre o romântico
 desenho da Walt Disney nem paródia musical." 

"Segue adiante o dependente químico em seu rotineiro estado 'zumbi', marcha compacta de ritmo constante, sem visão lateral do mundo e sem se dar conta do mundo que o observa. Nada lhe importa mais do que aproveitar oportunidades e descuido da sociedade para furtar coisas que possam lhe render alguma grana e assim manter o seu vício.

Segue, também, na cola do indivíduo uma tresloucada gritando, esbravejando, ameaçando-o com uma surra caso ele cometa delitos por ali. Em uma grotesca cena para chamar a atenção de outras pessoas e assim conseguir comparsas imediatos para sua causa fortuita a dama da sociedade protagonizou o que podemos considerar de 'o monólogo da hipocrisia'.

Creio que os dois precisam de tratamento: ele, o vagabundo drogado, para sua dependência química; ela, que se disfarça de dama no rol da sociedade entre o status familiar, profissional e religioso, para sua dependência de aparência e hipocrisia tresloucada."

Sem defender a quem comete delitos nem atirar pedras em quem usa máscaras, eis que ficam as perguntas:

O que você vê ao ler isso? 
O que sente?
O que te incomoda?
Quem é culpado?
Quem é inocente?
Onde está o erro?


*Laura Cardoso interpretando D. Doroteia no seriado Gabriela

Porque os dias não são iguais



Porque os dias não são iguais
Nada é tão mera sequência
Nunca mais foi uma imposta rotina
É fruto de minhas escolhas
Em formação com minhas rimas
Alegria em meus passos


Desde que olhei ao tempo
Tantas folhas carregadas pelo vento
Tantas estações vazias 
Corpos nus e almas frias
Sol e lua em sintonia
Mas os dias não são iguais

É o tempo
São os dias
Porque os dias são bem assim...
Diferente é cada momento
Fazem parte tristezas e alegrias
Para um novo amanhecer é preciso um fim...