quinta-feira, 5 de novembro de 1998

A vida em tons

“A vida tem muitos tons
Tem muitas cores
Tem muitos sabores

A vida não tem que ser
Uma rotina marcada por tempo
Ela tem que ser vivida bem a cada momento

Pense bem agora
Enquanto você é jovem
Chance igual a esta
Não mais terá

Por isso pare e pense
Em suas atitudes
Pra que não acorde
Tarde demais”


Música

Ailton Domingues de Oliveira

05/11/98

sexta-feira, 30 de outubro de 1998

Sempre há uma saída

“Sempre há uma saída
Sempre há uma resposta
Pra tudo existe um tempo certo
Debaixo dos céus

Cada folha que cai ao chão
Cada pássaro que voa no ar
Nada acontece se não for
Da vontade de Deus

Há um tempo certo pra cada coisa acontecer
Não mudemos o ritmo deixado por Deus pra gente viver
Agradeçamos a Deus por este amanhecer
Louvemos todos a Ele por ver o sol raiar

Todas as criaturas, todos os seres deste planeta
Todos as pessoas, de todas as classes e raças
Jamais esqueçam que um dia todos voltarão ao pó
E nossas almas levadas ao céu ao julgo de Deus

Por isso, irmãos de um mesmo rosto
Lutemos por um mundo melhor
Pra gente viver em paz...”


Música. Utopia...

Ailton Domingues de Oliveira

30/10/98

sábado, 26 de setembro de 1998

Forfé na floresta


“Fui convidado para uma grande festa
Você não sabe quem me convidou
Foi a bicharada da floresta
Comes e bebes até que sobrou

Não faltou nenhum dos animais
O macaco, o veado e a dona zebra
A girafa, o tigre, a onça e o leão
E até mesmo o tal de chupa-cabra

Na entrada da floresta uma surpresa
O gorila avisava de mansinho
Meus amigos estão vendo os cabides?
É ali que se pendura o seu rabinho

Meu Deus do céu, uai!
Falavam os bichinhos assustados
E se der confusão
Com certeza vão pegar o rabo errado!

Não demorou para chegar o papagaio
E contando uma mentira logo foi
Disse que viu a esposa do seu bode
Atrás do monte namorando com o boi

Dona vaca furiosa já gritou
Se verdade, o seu marido apanharia
E o bode esbravejando acompanhou
Que sua mulher afogada mataria

E foi aquele corre-corre no recinto
E a bicharada ficando agitada
Empurra- empurra começou logo em seguida
E a dona hiena morrendo na risada

A festa virou uma bagunça
Era bolo que vinha de todo lado
Acertaram até a dona onça
Que retrucou mandando no cavalo

Realmente aconteceu o esperado
O cabide caiu no meio do salão
Na bagunça cada um pegou um rabo
E pra formiga sobrou o do leão

Meu Deus do céu, uai!
E não é que virou mesmo um forfé!!!
Eu que não tinha rabo
Carrego hoje o do amigo jacaré!”

“Composição dedicada às crianças, de todas as idades...”

Ailton Domingues de Oliveira

1.998

domingo, 13 de setembro de 1998

Ideologia Santo Jovem



"Na noite escura e fria eu ando
Por todo beco que existir
A procura de um alguém em algum lugar

Gritos de dor e desespero
Surgem do nada e se perdem no ar
Tanta gente sofrendo e morrendo sem fé pra lutar

Tantos jovens sendo escravos do mundo
Outros caindo num poço sem fundo
Com falsos ideais para viver e morrer

Busquei meu motivo para viver
Descobri que nasci pra fazer
Não pra sentar e assistir a história a acontecer

E então eu luto por uma ideologia
De um Santo Jovem que não foi pecador
E o mundo inteiro revolucionou
E não quer ninguém sem fé e esperança
Acreditemos numa grande mudança
E vivamos fraternal comunhão

Por migalhas começam guerras
Irmãos e filhos dessa mesma terra
Desacreditam na paz que os inocentes tanto esperam

Injustiças por todos os cantos
Crianças com fome morrendo aos prantos
E a minoria safada que rouba, que manda e esbanja

Hoje sonho com um mundo melhor
Com fé em Cristo meu mestre salvador
E a luta constante pra acabar com a exclusão

Sigo nos passos do criador
Que abriu os braços e morreu por amor
Um destemido, sofrido, que não se calou"

"1998 – Dedicada à Pastoral da Juventude: Comunidade de Nossa Senhora Aparecida; Paróquia de São Sebastião (Piraju-SP); Diocese de Ourinhos; Sub-regional de Botucatu.

Em especial aos Grupos de Adolescentes A.B.C. e ÁGUIA, Com. Nª Sª Aparecida, Vila Cantizani, Piraju-SP. Jovens-adolescentes que fizeram parte de uma geração de grandes talentos. Foram ousados e dedicados. Extravasaram sua energia e viveram sua época com sonho, fé e luta. 'Há que se cuidar do broto pra que a vida nos dê flor e frutos...' Compartilhar meu tempo e minha vida com cada um de vocês foi uma experiência única e que guardo com muito carinho - "

Ailton Domingues de Oliveira.

1.998

segunda-feira, 24 de agosto de 1998

Sou da P.J. até morrer!

“Sou da P.J.
Sou da P.J.
Sou da P.J.
Até morrer!
Uh, tererê!

1) A P.J. é a grande força dessa igreja
Canta, reza e festeja. É demais essa moçada!
To nesse barco, nessa festa, nessa luta
Nessa reza e na labuta, por uma nova sociedade!

2) Quem é P.J. dentro do seu coração
Luta com os pés no chão, pra ter um mundo melhor!
E não há nada que esse fogo se acalme
Ta no sangue, ta na alma esse ideal de amor!

3) Não tem tristeza, tudo é festa e alegria
A gente canta todo dia, isso também é oração!
É demais essa P.J. renovada
Essa turma da pesada: uma nova geração!”

“Paródia. Dedicada aos ambientes, encontros e militantes da P.J., em especial a todo o Sub-regional de Botucatu.”

Ailton Domingues de Oliveira

24/08/98

quarta-feira, 19 de agosto de 1998

Anjo de Luz


“Quando tudo parecia estar errado
E o mundo em mim se desabar
A tristeza e a angústia do meu lado
Tudo era motivo pra chorar

Sem destino comecei a caminhar
E de nada eu queria mais saber
Não tinha forças nem mais pra falar
Pedia até para morrer

Mas uma Luz brilhou, uma Luz brilhou
E um anjo apareceu
Segurou em minhas mãos
E tocou o meu coração
E uma voz ecoou, uma voz ecoou
Dizendo: filho meu, você é um escolhido
Não abandone esta missão

Senti meu coração acelerando
Naquele momento sagrado
E percebi alguém se aproximando
Uma criança, um anjo abandonado

Parando em minha frente
Estendeu sua mãozinhas machucadas
Dor e fome mostrava o seu semblante
Pés descalços caminhavam na calçada

E esta Luz que brilhou, esta Luz que brilhou
Que brilhou de Jesus
Iluminando meu caminho
Com seu amor e seu carinho
E esta voz que ecoou, esta voz que ecoou
Foi deste Anjo de Luz
Que veio pra dizer
Que jamais andei sozinho”

“Essa música foi inspirada num menino de rua, que naquele dia e momento, encontrava-se sentado à beira da calçada totalmente só... Tornara-se aos olhos dos caminhantes despreocupados um mero incômodo que atrapalhava a passagem...
Mistura-se então o drama do garoto que vive na solidão à mercê da vida e do destino e de um ser fictício que sofre na angústia de seus dissabores pessoais. Anjo de Luz é um momento ímpar de ‘repensar, reavaliar, acreditar, retomar a fé e aceitar a vida como presente único de Deus.”

Jovem que é jovem

“1) O jovem não deve ser, alienado e manipulado
Não pode ser impedido dos seus sonho realizar
E que o mundo vai melhorar

Jovem que é jovem, que sabe o que faz
Não se entrega por nada e não se vende jamais
Jovem que é jovem também quer sonhar,
Acredita em Cristo e sabe lutar
Por seu ideal

2) O jovem deve rezar, pedindo a benção de Deus
Sair do seu lugar, ter fé, acreditar
Que o mundo vai melhorar

3) O jovem também se diverte, ri, chora, canta e grita
Sai na chuva pra se molhar, acontecer e lutar
Pro mundo melhorar”


“Música inspirada na caminhada cristã, no potencial, na fé e ousadia da juventude da época.”

Ailton Domingues de Oliveira

19/08/98

domingo, 2 de agosto de 1998

Felicidade, onde estás?

“Desde que ouvi falar
Dessa tal felicidade
Sai em sua busca
Com toda liberdade

Voei no mais alto dos céus
Percorri vários caminhos
Cruzei mares e oceanos
Mas sempre voltei sozinho

Cantei, rezei e até chorei
Pedi pra Deus manda-la enfim
Mas somente não a encontrei
Porque jamais olhei pra mim”


“...Numa conversa entre amigos, sobre a ‘felicidade’, como a conquistar, o que ela seria e representava. A conclusão foi de que nunca damos conta do que habita em nós, sempre buscamos o que não temos e não valorizamos o que temos...”

Ailton Domingues de Oliveira

20/08/98

quinta-feira, 9 de julho de 1998

Essa tal democracia



“Nós não queremos mais falsas promessas
Somente em épocas de eleição
Nós queremos muita melhoria
E tem que ser todo dia na educação

Crianças que sempre serão
O futuro dessa nação
Tomem cadernos e lápis nas mãos
E joguem as enxadas ao chão

Onde está essa tal democracia
Que tanto escutamos falar?
Vamos fazer uma parceria
Para a educação melhorar!
Onde está essa tal democracia
Que tanto escutamos falar?
Vamos fazer uma parceria
Para o nosso país melhorar!

Nós não queremos palavras bonitas
Que até prometem um mundo novo
Nós queremos é gente que grita
E luta por todo o seu povo

Pensemos em nossos professores
Que o Governo precisa incentivar
Nossos mestres e educadores
Para a educação melhorar”

“Terceiro lugar no ‘4° Festival de Músicas Inéditas organizado pela Pastoral da Juventude de Piraju-SP’, com o tema ‘Educação’. Mais uma vez nosso grupo GCICI estava lá – 09/07/98.”
Ailton Domingues de Oliveira

09/07/98

sexta-feira, 26 de junho de 1998

Um grito de liberdade


“1) Bem próximo ao novo milênio
O mundo cada vez mais avança
Queremos derrubar as barreiras
Pra fazer uma terra unida e santa

Que as vozes ecoem um grito de liberdade
Que as críticas nos venham só
Da verdade e da santidade
As mentiras que se calem
E que nada atrapalhe
Nosso sonho, nossa fé, nossa luta

2) O que não passa ta em toda parte
O que gira é a evolução
O que surgem são robôs e máquinas
O que aumenta é a exclusão

3) Tem gente que vive de joelhos
Mãos e olhos voltados pro céu
Esquece que Deus está próximo
No excluído ao lado seu”


“Essa música também participou do ‘4° Festival de Músicas Inéditas da P.J. de Piraju-SP’, mas dessa vez na voz de um grupo formado na própria P.J.. Foi criada exclusivamente para este evento com a intenção de gritar a todos e todas nossa indignação diante de algumas divergências ocorridas com pessoas de outro movimento. Uma discussão acirrada mas de precedentes controlados pelo pároco da época. O Coordenador da P.J. Paroquial, Rodrigo Cocchi, abrandou ao máximo os ‘ânimos’ a fim de evitar maiores problemas. Por fim, e com o passar do tempo, tudo voltou ao seu leito normal, sem danos para ambos os lados. Atentem para o refrão e a última estrofe, ambos refletem o pensamento da época.”

Ailton Domingues de Oliveira

26/06/98