domingo, 26 de fevereiro de 2023

Das Veredas do Grande Sertão para a vida



Enfim, a travessia pelas Veredas do Grande Sertão, de João Guimarães Rosa, chegou ao final. Uma travessia que pude encarar sob várias óticas: teologias do sertão, filosofias do sertão, psicologia do sertão, poesia do sertão... Como o próprio poeta dos sertões resumiu em vários trechos de sua obra, e que é também o slogan desse blog: "O sertão é o sozinho. O sertão é dentro da gente. O sertão está em todo lugar."

O sertão, trazido sob a sensibilidade de Guimarães Rosa, tornou-se um cenário de sonho, fé e luta a céu aberto. Através de suas personagens, sertanejos, jagunços e donzelas, carregados de intensos sentimentos e regionalismo pude perceber a preciosidade geográfica da natureza, ora seca, ora verdejante, bem como os requintes culinários relatados aos detalhes. 

Um verdadeiro clássico, às vezes de compreensão não tão fácil, devido ao dialeto próprio que enreda os habitantes deste Grande Sertão sob o olhar apaixonado de Rosa. Chegar ao final desse romance tão sentimental, quanto sofrido e bruto, foi como romper paradigmas que cercam a imaginação distante de quem não conhece o coração do sertanejo das Gerais. 

Impossível não extrair pensamentos teológicos e filosóficos dessa literatura. Impossível não ver poesia em tanta bruteza de suas personagens. Impossível não cair na tentação de analisar, psicologicamente, a personalidade das personagens e principalmente a inteligência preciosíssima do autor que se debruçou de corpo e alma, tendo como bagagem, meses à fio sob o sol do sertão para extrair o máximo de suas estórias. 

Confesso, tenho essa obra desde os anos de 2001 e tentei começar a leitura por diversas vezes. Em meados de 2016 recomecei de forma mais intensa mas, ainda assim, fui interrompendo propositalmente. As últimas 200 páginas consegui concluir nos últimos 8 dias. Considerei que era o momento de finalizar essa obra, encontrar de fato o seu final e abraçar o fim. Tudo na vida tem um fim... Somos seres findáveis. Mas, o sentimento é eterno, intenso, bem como a memória dos lugares por onde passei durante essa travessia dos "Grandes Sertões". 

"Tu não achas que todo o mundo é doido? Que um só deixa de doido ser é em horas de sentir a completa coragem ou o amor?"

Não dá pra descrever apenas um pensamento. A obra toda é repleta de aforismos que nos cravam a memória feito espinho e lateja a alma de sentimentos corajosos, reverberando em suspiros e sensações a alegria desmedida pelos rompantes certeiros de cada poesia sertaneja lançada desde os amanheceres até a cortina escura da noite abrilhantada pelas estrelas, ora sem nada, ora com a lua. 

"Mas aqueles olhos eu beijei, e as faces, a boca. Adivinhava os cabelos. Cabelos que cortou com tesoura de prata... Cabelos que, no só ser, haviam de dar para baixo da cintura... E eu não sabia por que nome chamar; eu exclamei me doendo: - Meu amor!..."

Nesse romance, quase que proibido, o amor não era o pecado, mas a falta de coragem de se entregar ao desconhecido do sentimento, com certeza foi a ruína de suas personagens. A angústia exacerbada pela voz de seu protagonista, o ex-jagunço, agora chefe de bando, Riobaldo Tatarana, o urutu-branco, ficou nítida nas lágrimas derramadas em sua trágica despedida. Inocente e culpado. Coragem para as batalhas de arma e sangue mas, e no amor, na afeição ardente, desencorajado pelo desconhecido de seu interior. 

"Ela tinha amor em mim. 
E aquela era a hora do mais tarde. O céu bem abaixando. Narrei ao senhor. No que narrei, o senhor talvez até ache mais do que eu, a minha verdade. Fim que foi. 
Aqui a estória se acabou. 
Aqui, a estória acabada.
Aqui a estória acaba."

Acredito eu que as reverberações desse romance não se findaram em mim com o término da travessia literária. Todo fim requer um começo. Novos rompantes de pensamentos reverberados em notas poéticas, psico-filo-teológicas podem emergir destes sertões. Mas, por hora, desfecho com essa pérola narrada feito coice na cara do sentimento que teima se calar frente aos desatinos da travessia:

"(...) Ah, o senhor pensa que morte é choro e sofisma - terra funda e ossos quietos... O senhor havia de conceber alguém aurorear de todo amor e morrer como só para um."

"(...) E já parava meio longe aquele pesar, que me quebrantava. Lembro de todos, do dia, da hora. A primeira coisa que eu queria ver, e que me deu prazer, foi a marca dos tempos, numa folhinha de parede. Sosseguei de meu ser. Era feito eu me esperasse debaixo de uma árvore tão fresca. Só que uma coisa, a alguma coisa, faltava em mim. Eu estava um saco cheio de pedras."

"(...) Mas ninguém não pode me impedir de rezar; pode algum? O existir da alma é a reza... Quando estou rezando, estou fora de sujidade, à parte de toda loucura. Ou o acordar da alma é que é?"

"(...) O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano. Travessia." - Fim.

* Grande Sertão: Veredas - João Guimarães Rosa - Ed. Nova Fronteira - 36ª ed. RJ - 1986.


"Não vivo pra sempre... minha travessia é intensa, porém, curta. A gente sempre caminha pro fim. " (A.D.O.)

Ailton Domingues de Oliveira
Adm ∞ 
Teo ΑΩ 
Psic Ψ (acadêmico)
Escritor & Poeta
*Pós Graduando em Psicanálise, Coaching e Docência do Ensino Superior

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

A bem da verdade, pratique o amor - parte II



Há de se lembrar do texto anterior, em que questionamentos e autocríticas nos fizeram refletir sobre as verdades instauradas pelos "fiscais da fé" através de suas bandeiras religiosas. Em contrapartida, entendemos que o amor é a ponte, o caminho, a travessia que nos conduz a um bem maior, o de praticar a caridade sem ressalvas. 

"Fiscais da fé" é um termo que foi utilizado pelo Papa Francisco, quando mencionou que quem procura a igreja precisa encontrar as portas abertas e não fiscais da fé. Jesus chamou os mesmos, os tais mestres e doutores da lei, de hipócritas. Não o sejamos e não hajamos como tais! 

Ainda sobre o texto anterior, foi deixado propositalmente uma pergunta com uma afirmação um tanto quanto duvidosa. Como disse, foi proposital. Eis o trecho: "Se pensarmos de forma global, enquanto cristãos, será que quem não é cristão não se salvará? Será que quem não é cristão não partilhará da vida eterna conosco? A vida eterna que tanto ouvimos falar nas missas, cultos e diversas celebrações só vale para quem é cristão? E o que dizer dos ateus? E os budistas? E os judeus? Opa! Mas a religião de Jesus era o judaísmo. E agora?!"

Ressalva para uma questão em particular: "Será que quem não é cristão não partilhará da vida eterna conosco?" Então, o que percebemos aqui? Espero que todos tenham percebido o erro provocado. Sim, é um erro agir com a pretensão de nos favorecer enquanto cristãos, tanto quanto é errado o sentenciamento alheio para com quem não o é.  É pretencioso a forma de imaginar que "nós", ditos cristãos, já estamos designados à vida eterna só porque o somos e, em contrapartida, supor, julgar e até mesmo sentenciar indiretamente a não participar conosco desse prêmio porque não está nesse mundo sob os holofotes do cristianismo.

E onde está a caridade nisso tudo, meus amigos? A caridade não é simplesmente o ato de ajudar a quem precisa de algo material e ou espiritual. A caridade está em servir. Servir com amor. Servir e não cobrar. Servir a quem precisa mas sem a necessidade de vincular essa atitude a uma resposta imediata por parte de quem é servido. Servir sem forçar nem obrigar que a pessoa segure nossas mãos e nos acompanhe até a igreja mais próxima. Isso é barganha. Se queremos mostrar que o caminho que trilhamos é bom, basta levar apenas o alimento pro corpo e pra alma de peito aberto, sem placas, sem propagandas.

Ninguém neste mundo é detentor da verdade. Existe uma música que diz "Tudo o que move é sagrado" (Amor de índio - Beto Guedes e Djavan). E isso é verdade! Onde existe vida existe o sagrado. Não é uma música sacra, mas diz uma verdade que muitos que se dizem religiosos não respeitam. Encerro aqui com a reflexão de outra música que foi cantada na Campanha da Fraternidade de 2002. Nos atentemos para alguns símbolos dessa letra: a mesa, terra-mãe, altar, rio, mata, natureza. A cidade é abençoada com todos esses símbolos, porém, será que podemos imaginar apenas "uma só mesa" para comungarmos com todos e todas ao seu redor? Onde está a nossa caridade? 

Ailton Domingues de Oliveira
Adm ∞ 
Teo ΑΩ 
Psic Ψ (acadêmico)
Escritor & Poeta

Ouçam: https://www.youtube.com/watch?v=oLgWCOyiAbQ

"Uma só será a mesa" - Oferendas 2002 (CNBB)

1. Quando os pés o chão tocarem
Para a dança começar
Quando as mãos se entrelaçarem
Vida nova há de brotar

2. Toma, ó Pai, o amor perfeito
Pelo rio, a mata, a flor
Que o índio traz no peito
É louvor ao Criador!

Uma só será a mesa
Terra-mãe será o altar
O sustento, a natureza
Em milagres, vai nos dar!

3. Eis aqui, Senhor, as dores
Deste Cristo-Povo-Irmão
Sejam hinos seus clamores
Na defesa de seu chão

4. Nova Terra nós sonhamos
Onde todos têm lugar
Os direitos nós buscamos
Vida, pão, respeito, lar

5. Povos todos, terra inteira
Te pertencem, ó Senhor!
Que os males e as fronteiras
Deem lugar ao Pleno Amor

domingo, 19 de fevereiro de 2023

A bem da verdade, pratique o amor


"Olhe para uma instituição e veja 
o que ela tanto quer curar, 
que você perceberá do que ela é doente." 
(Autor desconhecido).

Qual seria a "verdade" que podemos tratar como única? Os cristãos dirão que é a que vem de Jesus Cristo. E nessa dimensão os evangélicos dirão que, enquanto cristãos, a única verdade é a deles. Como sabemos que no meio evangélico existem várias denominações, cada uma afirmará que detém o poder da verdade em seu meio. Os neopentecostais farão do mesmo jeito. Sim, os católicos também. Apesar da igreja católica não ter vertentes, existe uma divisão interna entre as correntes de pensamentos, entre pastorais e movimentos e, logicamente, também faz a sua guerra santa em prol da detenção da exclusividade da verdade. 

Se pensarmos de forma global, enquanto cristãos, será que quem não é cristão não se salvará? Será que quem não é cristão não partilhará da vida eterna conosco? A vida eterna que tanto ouvimos falar nas missas, cultos e diversas celebrações só vale para quem é cristão? E o que dizer dos ateus? E os budistas? E os judeus? Opa! Mas a religião de Jesus era o judaísmo. E agora?! 

Será que, enquanto cristão, eu levo a sério os ensinamentos da minha religião? Será que eu boto em prática tudo o que me é oferecido e devido enquanto cristão que eu afirmo ser? Será que estou apto para ser merecedor da vida eterna, segundo o que rege a minha religião? E Jesus, sendo praticante do judaísmo, o que mais lutou foi contra os mestres e doutores da lei de seu tempo. Chamou-os de hipócritas por saberem as leis de cor e salteado, mas não colocavam em prática nada que favorecesse o ser humano. 

A princípio e a bem da verdade: ninguém é detentor da verdade; nenhuma pessoa é; nenhuma instituição é; muito menos alguma forma de poder o seja! Primeiramente não precisamos ter uma bandeira religiosa exposta no peito para sermos praticantes da caridade. Existem milhões de pessoas sem religião que têm muito mais atitudes de empatia e amor para com todas as formas de vida do que muitos que se denominam cristãos. Quem está inserido no meio religioso, em alguma denominação é porque se sente acolhido, encontrou apoio, suporte pessoal-emocional-espiritual e elementos que fortalecem sua fé na caminhada diária. Esse é o sentido da comunidade: comunhão, partilha, caridade e amor. 

São muitas questões e devemos nos ater em uma palavra que nos motive a caminhar. Essa palavra não é a palavra "verdade". A verdade está onde se pratica o amor, onde se pratica o respeito, onde existe solidariedade, partilha e comunhão. Ela está principalmente, onde a hipocrisia não habita. Existe uma passagem em que Jesus caminhava com os seus discípulos e estes notaram que outras pessoas também pregavam em nome de Jesus. Preocupados com o fato de que outras pessoas falavam do "amor", ou da "verdade", ou do próprio "Jesus", os discípulos levantaram essa questão e esperavam que Jesus tomasse uma atitude drástica, talvez ordenando que as outras pessoas não pregassem em seu nome. Jesus então disse: "os que não estão contra nós, estão conosco". Ali, naquele exato momento, não se permitiu que os discípulos tomassem exclusivamente para si todo o ensinamento e bem-aventuranças que Jesus pregava. 

E nós? Como está o nosso caminhar frente a tantas questões que nos fazem distinguir quem é santo de quem é pecador? Que critério usamos para sentenciar ou libertar as pessoas da nossa análise "cristã"? Espero que não o façamos dessa forma. "Quem quiser ser grande, que se faça pequeno entre os seus." A vida está para todos da mesma forma que a morte aguarda a todos. O que vem depois não podemos prever mas, podemos fazer o nosso melhor enquanto pessoas, seja para melhorar o ambiente ao nosso redor, seja para ajudar a quem precisa de uma palavra ou de um alimento. A caridade não é exclusividade de nenhuma religião. Ela tem que brotar no mais puro íntimo de nosso coração, de nossa alma. Mas, só quem é capaz de amar, pode se doar para o próximo, a serviço de quem precisa. 

Quando se faz com amor, o resultado obtido é melhor que o esperado. Toda atitude de amor, por si só, é capaz de mudar-melhorar-contagiar para quem é realizada, por quem realizou, por quem presenciou ou por quem simplesmente ouviu o resultado da boa ação praticada. 

Ailton Domingues de Oliveira
Adm ∞ 
Teo ΑΩ 
Psic Ψ (acadêmico)
Escritor & Poeta

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Caridade sem holofotes

[¹]

Começo com a seguinte pergunta: "Quantos tipos de caridade existem?" Uma pausa para refletirmos (...).

Não falamos aqui, de caridade ao arrecadar alimentos e donativos para auxiliar a quem precisa. Caridade está além desse gesto. Muitas vezes as pessoas doam dinheiro nos semáforos simplesmente para aplacar seu ego de "pessoa caridosa", ou para se mostrar benfeitora e digna de aplausos, ou ainda para se ver livre da presença "inconveniente" de quem pede. Pois, quem se dá ao trabalho da humilhação de pedir, sempre está com roupas sujas, e sem as necessidades básicas de higiene supridas. 

O Papa Francisco tem afirmado que a caridade é o maior antídoto contra as tendências de nosso tempo, que “a caridade é sempre a via mestra do caminho de fé. Mas a caridade não é simples filantropia, mas, por um lado, é olhar o outro com os mesmos olhos de Jesus e, por outro lado, é ver Cristo no rosto dos necessitados” (23 de mar. de 2022) ².

Segundo São Vicente de Paula, “a caridade é um amor elevado acima dos sentidos e da razão, pelo qual nos amamos uns aos outros pelo mesmo fim, pelo qual Jesus Cristo amou os homens para fazê-los santos neste mundo e bem-aventurados no outro” ³.

De acordo com o site SSVP Brasil, o Beato Antônio Frederico Ozanam diz que "segundo as leis que regem o mundo espiritual, para elevar uma alma é necessária outra alma, esta atração é o Amor, que também se chama amizade na linguagem da filosofia e a caridade na linguagem do cristianismo” (23 de abr. de 2021) ₄.

A palavra que interliga o pensamento desses três nomes, esteja ela explícita ou não, é simplesmente o amor. Não foi à toa que o atual Papa escolheu o nome de Francisco para o seu papado. Francisco de Assis, considerado um santo pela igreja católica, despojou-se de si, dos seus bens e se entregou ao serviço dos mais necessitados, humildes e excluídos da sociedade de seu tempo. Amor-entrega, amor-doação, amor-caridade, ou simplesmente amor. Francisco de Roma tem lutado com veemência contra o sistema político-social opressor para dar voz e espaço aos que precisam de todo tipo de ajuda e em especial, de inclusão. 

Vicente de Paula mostra que o amor é o caminho. E caminhar é, antes de uma ação concreta, uma opção aguçada pela necessidade de fazê-la. Essa percepção vem através do olhar que nos permite a compaixão com a dor alheia. Se a dor alheia não me comove, não me dói, então o amor já deixou de existir e, assim sendo, a caridade fraterna deixa de acontecer, dando espaço para a frieza desumana habitar o coração. A partir dessa premissa, o que poderá ocorrer é apenas um assistencialismo medíocre e hipócrita que necessita de holofotes, tal como os mestres da lei do tempo de Jesus faziam.

Ozanam segue uma linha que se assemelha ao pensamento da doutrina espírita. Ele fala que as almas são co-dependentes no sentido de se necessitarem mutuamente para seu devido crescimento (ou elevação). Amor que se traduz em amizade e caridade. Junto a esse pensamento do beato, trago uma lição que um dia ouvi através da voz da simplicidade e sabedoria e que ecoa eternamente em meus ouvidos: "estamos nesse mundo uns pelos outros". 

Essa frase, eu ouvi de um senhor, pedreiro e carpinteiro, que veio socorrer-me com um cano estourado num final de tarde de sábado. Feito o serviço perguntei o preço e ele não quis cobrar. Por insistência minha, coloquei um dinheiro no bolso de sua camisa. Então o senhor me solta essa lição de vida com muita propriedade e amor e que vale a pena repetir sempre: "estamos nesse mundo uns pelos outros". 

Então, qual seria o sentido da vida se não houvessem outros e outras de nós? A vida é mais que uma partilha com os que amamos. A vida é entrega diária, doação, afeição, empatia, caridade e amor. Nem sempre temos as condições para ajudar de forma material a quem precisa, mas temos a oportunidade de dar o melhor de nós levando o calor humano, com o coração aberto para acolher, dar ouvidos, um olhar de atenção e de empatia. Isso é caridade, isso é amor. E amor dispensa holofotes.

Ailton Domingues de Oliveira
Adm ∞ 
Teo ΑΩ 
Psic Ψ (acadêmico)
Escritor & Poeta

[¹] https://portaljfonte.com.br/fora-da-caridade-nao-ha-salvacao/
[²] https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2022-03/pilar-caridade-papa-francisco-padre-gerson-schmidt.html#:~:text=O%20Papa%20tem%20afirmado%20que,Cristo%20no%20rosto%20dos%20necessitados%E2%80%9D.
] https://catequisar.com.br/texto/colunas/julinei/04.htm#:~:text=%E2%80%9CA%20caridade%20%C3%A9%20um%20amor,bem%2Daventurados%20no%20outro%E2%80%9D.
[₄] https://ssvpbrasil.org.br/palavras-de-frederico-ozanam/#:~:text=%E2%80%9CSegundo%20as%20leis%20que%20regem,caridade%20na%20linguagem%20do%20cristianismo%E2%80%9D.