O sertão é o sozinho, é dentro da gente, está em todo lugar. Deus e eu no sertão.
terça-feira, 25 de janeiro de 2022
Caixa de ferramentas
Meu chão de vermelhão
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
Desenhos de Manuella
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
Recortes & Rascunhos I - Partes inteiras
Triste palco
Meu palco
sem luz
À meia
luz
Ilumina
minha metade
E espera
minhas partes
Para eu ser
todo
Não se
vive um monólogo
Agonia I
Aperto em meu peito
Uma agonia esmagadora
Falta ar, falta vida
Falta meu pequeno
Agonia II
Acompanha essa minha agonia
A falta de minha pequena alegria
Que cresce longe de minha companhia
Amor que dói
Meu silêncio é todo amor
Mas também lembranças de dor
Recortes & Rascunhos II - Lágrimas
Chuvas e lágrimas
Chuva cai lá fora
Minhas lágrimas aqui dentro
Ambos escorrem
Lavam
Levam dores
Regam lembranças
Tempo e desconstrução
Eu, por um momento
Volto no tempo
Desconstruindo maldades
Com sólidas verdades
Preenchendo o vazio
Com amor
Mágoas e
lutas
Mágoas
geram dores
Que geram
sofrimentos
Que criam
raízes
Que
corrói e destrói
Que
enlouquece
Mas o
morto ainda vive
E luta
Fria e seca
Não nasci pra esse mundo
De covardes e mentirosos
A ****@ fria e seca
Jogou o jogo da mentira
Manipulação e morte
Porque nunca teve amor
Nem de berço
Nem o meu
Recortes & Rascunhos III - Partidas e Despedidas
O equilibrista
A vida vale a pena
Mas eu entendo a dor e a necessidade
De quem antecipa sua partida
Travessia
Pego o trem
Desta vez da partida
E parto como se já não precisasse chegar
Meu lugar não está na partida
Nem na chegada
Vivo o pouco que me resta
No meio dessa louca travessia
Recortes & Rascunhos IV - Amore's
Êxtase
Minha pior e maior embriaguez
Foi a de amor
A melhor também...
Vento
Bate o vento sobre a pele
São toques sutis
Que a saudade me trouxe
O equilibrista II
Entre a dor e o amor
Entre a saudade e a solidão
Amar e não poder amar
Desejar e realizar
Somente no sonho
Ao morrer para a realidade
Solitude
Amo em silêncio
Na solidão de meus desertos
Sorrio em meio às dores
Choro quando as luzes se apagam
É aí que eu me acabo
Morro
E por destino, insistência ou penitência,
Às vezes renasço
Águas
Pudera eu
simplesmente ser água
Seguir
para o rio
Do rio
para o mar,
Ser eu em
meio a tantos
E de
repente
Nessa
imensidão de água
Te
encontrar
E me
afogar
Vida por trás das vidas
A dor que o sorriso esconde
O tempo do amor que espera
São vidas paralelas e de essência
Em meio ao caos da aparência
quinta-feira, 6 de janeiro de 2022
Amor não se cria, ou se tem ou é vazia
Vagueia perdida entre os escombros da vida
Minh' alma que se recupera das lutas vividas
Na escaldante solidão dos desertos incertos
Em que no sonho irreal a dor é o concreto
O grito interrompido pela espera no tempo
As lágrimas que banham minha face ardente
Face ao veneno trazido escondido
Nas facetas da vil e ardilosa frieza
Que sem pudor usurpou sem meu consentimento
Cenas e capítulos da minha "pequena"
alegria
Jogou injúrias e calúnias ao vento
Mas jamais teve a impetuosa destreza
Para punir a quem de fato lhe causou sofrimento
E cobrar a quem lhe virou as costas no momento
Preferiu transferir a sentença
Por saber que seu próprio jeito frio de ser
Ao meu amor jamais conseguiria fazer frente
Pois a mim que fui criado no amor e na
simplicidade
Daria e dou minha vida a bem da verdade
Mas para aquela que nunca soube amar
Porque nunca fora amada
Sobrou-lhe da vida a desilusão
E mesmo que tenha lutado
Para viver uma vida ao meu lado
Não passava de mentira inventada
Para realizar seus caprichos
Às custas do amor que tenho aos meus
Mas para aquela que nunca soube amar
Porque nunca fora amada
Pois ao invés de ser protegida e cuidada
Por aqueles que deveriam
Fora simplesmente abusada e desacreditada
E um dia será desmascarada
O preço justo no tempo pagando
E em seu próprio veneno se afogando
A vida dá, a vida ensina
A vida tira, a vida é traquina
Se tem algo que o ser humano pode é poder
Mas o que ele não pode é ferir para se satisfazer
Passe o tempo que passar
Que eu tenha que morrer
Um dia a cobrança irá lhe chegar
E onde quer que eu esteja
Estarei assistindo sua derrocada com certeza
Brindando com meu próprio sangue
À luz de vela, ou de minha alma...
Tentou inventar amor mas falhou sem alegria
Amor não se cria, ou se tem ou é vazia
Fragmentos de vida e de morte
Seria esse um tema para se discorrer
após a partida antecipada?
Causada pela injusta e cruel
desumanidade e frieza?
Ninguém nunca saberá quem de fato
Ou o que de fato, aconteceu aqui
dentro...
Minha vida sempre será uma incógnita...
talvez!?
Meus amores, minhas dores, em
fragmentos, em porções
Só se revelam por inteiro a quem de
fato o amor merece:
Meus filhos e àquela que me tentaram proibir...
Mas dentro das prisões que nos
cercavam
Nós fomos libertados em cada minuto de
conversa,
De olhar, de encontros
Possíveis encontros que nos
transportavam
Para uma dimensão única
De alegria, de paz, de amor
De deleite e desejo, paixão, de trocas
e cumplicidade
Em que nenhuma atmosfera externa podia
nos afetar...
Dentro dos meus fragmentos eu sou
inteiro,
Eu me refaço, me multiplico
Em doses de amor para quem eu
amo,
Ou em doses de ódio para os meus
algozes
E a ela que jogou o jogo mais sujo
Por ter sido vítima de seu próprio
pseudo-herói
O meu total desprezo
Quem vê apenas meus recortes
Estampados em sorrisos e olhares
Jamais consegue enxergar meus
cortes...
Quantos cortes existem aqui dentro...
Quantas dores,
Quantas batalhas,
Quantas lágrimas empoçadas
Lá no fundo da alma
Que talvez só a dor da morte
Para a plena libertação para vida...