sábado, 25 de julho de 2015

Brilho e glamour VS um cabeludo língua solta


Um carro é estacionado à beira da calçada do outro lado da rua. Era uma noite tranquila e sem frio. Do veículo apeiam pessoas estilosas em suas roupagens classe média alta. Perfumes chiques se misturaram no ar. Gel no cabelo dos rapazes e maquiagem no rosto das moças davam o ar de uma noite glamourosa.

Abriram o porta-malas e começaram a descer alguns instrumentos. Era uma banda. Logo, um cortejo de fãs atravessou a rua ao encontro dos artistas. Carregaram suas bagagens até o local do show. Uma última olhada no vidro do carro para conferir o ajuste das roupas e pronto. Os cantores e instrumentistas seguiram em meio aos expectadores fiéis com cumprimentos, selfies e autógrafos.

Mas tinha alguma coisa errada! Do outro lado da rua, o destino daquele alvoroço de pessoas, não haviam casas de shows. O que havia era um supermercado, um sacolão, uma loja de ração de animais e uma igreja. Uepaaaa!!! Desacelerei as minhas passadas e fiz questão de observar até que as costas do último dos súditos ultrapasse os pórticos do recinto.

Sim. Era uma igreja. Não preciso dizer qual a denominação porque isso é recorrente em todas, sem exceção. Continuei minha caminhada mas, por hora, pensante na situação que visualizei. Lembrei-me da chegada daquele dito forasteiro, que se tornou conhecido por sua língua solta, ao chegar em Jerusalém montado num burrinho. É, esse Cara mesmo! Aquele moreno de Nazaré, cabeludão, barbudo, amigo das putas, dos ladrões, defensor dos oprimidos e excluídos. Incluamos aqui os gays, lésbicas, transsexuais, e outros.


Não esperei para ouvir o show, nem tampouco ver, pois meu traje era inapropriado e eu estava suado. Na verdade nem sei se teria alguma vestimenta típica para aquele portentoso evento. Também não sei se eu poderia chegar lá na cara dura e dizer: "E aí?! Beleza?! Cheguei! Vim assistir... o que vocês vão fazer aí!" É, não rolaria mesmo!

Então volto para casa inquieto com este contraponto de situações. De um lado um cara com mais de dois mil anos de história e fama que prega amor, humildade, perdão e oferece a quem quer segui-lo que se desapegue das coisas materiais. Do outro um bando de gente que usa o nome desse mesmo cara para alcançar fama, status, nobreza e enfim propor uma salvação deturpada de sua forma original, com promessa de prosperidade material.

Hoje, ao ler sobre uma obra a ser publicada da vida de Rubem Alves, ex-pastor protestante, escritor, poeta, professor, mestre, e que deixou um legado literário, inclusive para a Teologia, considerei pertinente trazer aqui para este enredo um de seus pensamentos: "Sempre entendi que o Evangelho é um chamado a liberdade." E tudo o que não gera libertação é sintoma de opressão e alienação. Ele também usou a seguinte frase na área da educação, a qual acredito, que se encaixa muito bem no campo da religião: "Há religiões que são gaiolas. Há religiões que são asas."

Que ninguém se obrigue a concordar com este pensamento. E tomara que pelo menos incomode ao ponto de outras ideias surgirem. O importante é não se deixar iludir pelo brilho e glamour que camuflam a essência do Evangelho e da liberdade.


quarta-feira, 22 de julho de 2015

Frases que faltaram - 1º sem/2015


A hipocrisia quer fazer festa com o chapéu dos outros!
"Nobrelíssima metedíssima kulega da akadimia (...)
Não estamos aqui para julgar a minha maneira de expressar sobre o assunto em pauta. O objetivo da discussão é resolver pendências que perduram a tempos. Tu deveria mesmo era continuar calada, uma vez que, quando necessário, permaneceste omissa. Sabe de nada, abestada!"


Repassa informação sem ao menos ter lido algo sobre o assunto. Inerte!
"Prezada vendedora de livros (...)
Eu apenas perguntei se você tem as obras deste autor. Não perguntei sua opinião pessoal sobre o assunto que ele desenvolve. Você, enquanto profissional, deveria se atentar ao que estou procurando e me oferecer outros produtos dentro da mesma linha. Seus comentários, além de dispensáveis, foram inconvenientes, incoerentes e carregados de falta de conhecimento. Aprende que eu não vivo pra sempre, amadora!"


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Sob os céus e sobre tudo

Debaixo dos céus eu ando
Desando, lutando,
Chorando e cantando








Debaixo dos céus eu acordo
Discordo, concordo
Adoro e ancoro








Debaixo dos céus a paixão
Tentação, sedução,
Emoção e razão


Debaixo dos céus a ternura
Lonjura, ruptura,
Rasura e clausura


Debaixo dos céus dos meus olhos
Enxergo as cores que dançam em sinfonia
No horizonte nenhum dia teima em ser igual
Nenhuma noite repete a mesma melodia


Neste mar de céu eu viajo
Nos sórdidos pensamentos morro e renasço 
São sonhos que divido em sonhos
É o aconchego dos saudosos abraços 


Sob o inverno deste imenso céu
Que silencia o brilho do sol
Espreito na varanda do horizonte eterno
Ansioso espero o calor no lençol


Sob a esperança deste terno céu
Carregado estou de sentenças e lembranças
Levo paliativos para as dores que teimo existirem
E me assento no doce colo do passado de criança








Sob os céus e sobre tudo
Divago na estreita passagem entre os mundos
Poesias, alegrias, estripulias, travessias
Na batalha de cada tempo balanço mas não afundo







quarta-feira, 8 de julho de 2015

A mistura de todas as coisas



Dias atrás recebi essa montagem acima e fiquei inquieto com a intenção de quem a fez e também com a inocência de quem ajudou a propagar. Em tempos de rápida viralização virtual, quanto mais carregada a mensagem, de incitação contra "certas causas", melhor. E assim se procedeu. Meu primeiro contato com a imagem foi num grupo de whatssapp e ao retornar às redes sociais após um período de abstinência pude entender algumas questões.

A repúdia maior, aqui no Brasil, começou quando Viviany Beleboni desfilou crucificada num carro alegórico durante a Parada LGBT de São Paulo no dia 07/06/15. Na placa acima de sua cruz ressaltavam os seguintes dizeres: "Basta de HOMOFOBIA com LGBT". Nem preciso lembrar-lhes que ela é transsexual, uma vez que virou notícia, vidraça e caça dos homens preservadores dos bons costumes (Malafaias, Felicianos, Paulos Ricardos, homofóbicos, preconceituosos e mais um monte de hipócritas dessa estirpe). Os hómes da lei entenderam como um chamamento para a briga. Bom, a pauta aqui não está para defender a protagonista deste enredo, muito menos crucificá-la. Já o fizeram bastante.

Mas, o que mais trouxe repercussão e causou incômodo nas alas conservadoras foi a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo nos EUA. A partir daí o facebook possibilitou, a quem quisesse mostrar apoio a causa, colocar as cores do arco íris em sua foto de perfil.  Muitas celebridades aderiram. Foi também uma maneira de se mostrar indignado contra os reacionários homofóbicos. O assunto ganhou notoriedade tanto quanto a cultura de incitação ao ódio, provocada pela fala de quem deveria pregar o amor, teve um aumento considerável.

A foto da criança engatinhando, sofrendo pela dor da fome, pode ser do sul-africano, Kevin Karter. Se sim, data de 1993 e foi tirada no Sudão. O fotógrafo que registrou este momento em suas lentes, apesar da foto ter ganhado prêmio em 1994, entrou em depressão profunda e suicidou-se nesse mesmo ano, aos 34 anos de idade. Não suportara o bombardeio de críticas recebidas. Deixou uma carta de suicídio facilmente encontrada na internet. De qualquer forma a foto é tão antiga que muita gente não a conhecia e assim tornou-se novidade nas redes sociais e viralizou pelas vias dos ingênuos, dos inertes e dos regados de consciência mágica.

Então, vem agora o objeto destas linhas, "A mistura de todas as coisas": o que tem a ver "desigualdade social", representada na foto pela fome da criança que se arrasta no chão de terra, com as cores da bandeira que representa o movimento LGBT? Suponho que a intenção é dizer que uma causa que vale a pena lutar (no caso a fome no mundo) está longe dos holofotes, enquanto um assunto de menor significância (preconceito - casamento gay - LGBT) está estampado em várias capas e tem célebres defensores manifestando-se em massa.

Duas situações embutidas no mesmo pacote. Ambas são injustiças, merecem atenção e são de responsabilidade de todo cidadão, principalmente quando se intitula cristão. Mas (...), passaram a régua e soltaram na net. De um lado o discurso adotado é o da necessidade de acabar com a fome no mundo. Na via contrária é outro, pois são disseminados toda a intolerância e preconceito contra quem não está adequado aos padrões religiosos, sociais e culturais impostos pela ditadura homofóbica. Eu resumo como um discurso falido pela hipocrisia.

Nos dizeres da montagem, entendi que a pessoa que a fez, juntamente com todos os que compartilharam, só irão PARTICIPAR na luta da "causa (contra a fome) quando toda uma nação se unir em prol da mesma". Esquisito demais! Enquanto isso vão acomodar o traseiro e esperar. Não irão fazer mais nada por ninguém. Ou "SEJE" (*), pode o mundo acabar, pode o céu desabar, e tudo acabar em pizza que as personalidades de plantão estarão à espreita de um "grand espetáculo".

Enfim, nem tudo é o que parece ser. As personas são tendenciosas e se deixam levar pela primeira impressão visual. São facilmente manipuladas diante de uma imagem montada. Falta, então, um "quezinho" de senso crítico, senão, uma simples questão torna-se uma tremenda confusão. Aquelas velhas piadinhas que a gente aprendeu na adolescência são bons exemplos: "Não confunda: Bife de caçarolinha com rifle de caçar rolinha; Gentileza com gente lesa; A moribunda com amor e bunda; O homem documentado com o homem do cu mentado" dentre outras tantas. Portanto, abre o zóio e analisa sem pavoramento, pois "uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa"!



Nota:
(*) Seje = A escrita correta é "SEJA". No texto foi colocado intencionalmente errada. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

Escrevendo no tempo



Do amanhecer ao anoitecer
Há um caminho que se faz em travessia
No de hoje não tem nada
Não tem espera qualquer, nem graça, nem piada

Tempo de baixas luzes
Cortinas encerradas
Horizonte incerto
E céu nublado

O silencioso apelo dissipou-se no coração
A oração não se fez sob velas
Nem no calado quarto da escuridão
O continuar é obrigação mera

Seguir rumo à luz
Camuflando os sentimentos
Despistando a sombra
Escrevendo no tempo

(...)


segunda-feira, 6 de julho de 2015

A velha senhora e o seu velho cachorro - II


Eu te vi
Mais um dia
Numa tarde de um inverno brando
Você estava ousada
Toda de vermelho
Cabelos soltos e molhados
Caminhava lento
Não se importando com o tempo
O horário era o mesmo de sempre e sagrado
Entre um passo e outro uma pausa
Um olhar para frente
Outro para os lados
Para aquele que te conduzia
Ora que tu o arrastavas
Velhos companheiros
Teu fiel e cão escudeiro
De tantas histórias vividas

Semblante sereno e desapressado
A única preocupação talvez
Fosse fazer o velho trajeto de hoje
Com a mesma pressa de ontem
E a vontade de repeti-lo amanhã
Levando e sendo levada
Uma mão na corda que segurava o amigo
Outra na bengala que lhe dá mais firmeza aos passos
Nada diferente de outros dias 
Meus olhos pararam para te seguir
O meu tempo estava mais apertado que o seu
Não pude acompanhar seus poucos passos
Mas sabia que amanhã e depois 
Outra vez te reencontraria na mesma esquina
Que se tornou o nosso ponto de encontro
Encruzilhada da vida

sábado, 4 de julho de 2015

Vidas em Redenção: Nhô Augusto & Jó


A novela de Guimarães Rosa mostra Nhô Augusto,  protagonista de toda a trama, vivendo uma vida desregrada e sem lei, ou melhor, ele próprio faz a sua lei. Sem temor a nada, sem piedade e sem compaixão, falta-lhe o amor até mesmo para com os seus: Dionóra, sua esposa e Mimita, a filha. Jó, da literatura bíblica, ao contrário, é um homem temente a Deus que segue um caminho honroso.
Nesse contexto de histórias em vias contrárias ambos são postos a prova. Nhô Augusto perde tudo, esposa que vai-se com outro homem e leva a filha, as propriedades já não as têm e sua reputação de homem violento, que a tudo resolve do jeito que for preciso, lhe é tirada à truculência. A mesma truculência que até o momento usava para com todos.
Jó também perde tudo, bens, filhos e ainda adquire uma doença que sentencia profundamente seu corpo.
O personagem do sertão encontra a redenção, primeiramente na bondade dos que o cuidaram no momento de sua aflição que beirou a morte. Na longa espera de sua recuperação conheceu um padre que lhe trouxe esperança de novos dias: “Cada um tem a sua hora e a sua vez: você há de ter a sua.” Neste espaço de tempo encontrou Deus nas rezas do sertão, na solidão do tempo e no silêncio de sua labuta diária. Tornara-se um homem bom.
Já o personagem do drama bíblico, reconhecido como um herói por outros escritores, é testado por todos os que o rodeiam, amigos, esposa, que até o aconselha a amaldiçoar a Deus. Ele, porém, mantem-se firme na fé em Iahweh e mesmo nos dias mais difíceis não se esmorece. Crê firmemente que há de vencer.
Augusto Matraga rompe com a solidão e parte sem rumo e sem destino. Deixa-se levar pela sorte dos caminhos que se cruzam à sua frente enquanto Jó espera na paciência o dia de sua libertação. Eis que o sertanejo redimido reencontra-se com seu amigo Joãozinho Bem-Bem, homem que também vive sob suas próprias regras mundanas. Quando o jagunço está prestes a cometer uma injustiça interpela em prol dos desfavorecidos e se entrega em luta de morte contra aquele que outrora o chamara de irmão. Vê seu mano velho morrer por suas mãos e depois se entrega feliz e em paz consigo mesmo à mesma morte.
Jó também intercede por seus amigos junto à Iahweh, que estava prestes a castiga-los por não honrarem Seu nome. Iahweh mudou a sorte de Jó retribuindo e abençoando sua vida com bens, longevidade e filhos. Jó morreu velho e cheio de dias.
Em ambos os contextos, um dos pontos em evidência, se dão na provação que os personagens têm que passar durante suas travessias. A fé que não se abala e a fé que é encontrada diante das intempéries da vida. Os protagonistas são homens fortes, destemidos e se colocam à frente de quem necessita. Arriscam-se pela boa e justa medida praticada.



Trabalho da disciplina de Bíblia V: Correlação entre os personagens Nhô Augusto ("A hora e a vez de Augusto Matraga" - Sagarana - João Guimarães Rosa) e Jó (Livro de Jó - Bíblia)
Ailton Domingues de Oliveira

IV Período de Teologia - FCU

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Eu, nós mesmos e a inquisidura


Final de semestre. Férias da faculdade. Sensação de dever cumprido. Avaliação de caminhada e lembranças de um tempo bem aproveitado.

O confronto de ideias se fez necessário em belas oportunidades. E o melhor de tudo não é a satisfação por ter alcançado excelentes notas mas sim pelo processo de desconstrução e reconstrução de pensamento que possibilitou novas visões sobre o mesmo, antigo e moderno enfoque. 

Nem tudo são flores. Contemos com os espinhos. Somos pedra, mas também vidraça. Sair para um franco confronto é dispor-se a acertar e ser acertado. Risco que vale a causa. Mais importante é a disposição e o despojamento. Pena, nem todos são assim.

Tenho o privilégio de estar entre pessoas que anseiam pelo conhecimento. Origens diferentes, perspectivas também, e muito contrassenso no modo de enxergar o mesmo pontinho no quadro branco. 

De um modo geral tudo muito bem, obrigado. Colegas, amigos, irmãos, profissionais, educadores, professores, mestres, tem de tudo nesse auê. Exceções também, óbvio. Saldo positivo!

De um modo específico, dentre as coisas que faço questão de salientar, é a eloquência do discurso falido de quem se assenta na cadeira como se fosse um trono de doutor da lei e dali tece suas premonições, teses e julgamentos sobre os outros. Não se manifesta com o que é preciso mas critica a quem o fez. Porta-se de uma maneira mascarada, tudo para ficar bem na fita com a instituição. Hipocrisia.


Se fosse para vendar meu olhos, tapar os ouvidos e calar a boca, aceitando tudo o que é colocado, simplesmente para manter um status de boa cordialidade na relação, preferia nem estar ali. E sei que não estou neste meio para contrapor a tudo e a todos, nem tampouco aceitar calado quando a incoerência está gritante e atrapalhando o fluxo. O ambiente tem que ser e estar propício. 

Entendo que há quem assuma o papel de nada dizer, nem ver, nem ouvir. Fazer, nem pensar! É a santa inquisidura academicista que aparece na figura de douto da lei, o mesmo do Evangelho. Ao mesmo tempo se incomoda com quem não tem medo, nem receio, nem rabo preso para se expor. 

Já fomos tachados de ridículos por uma mazela tapada que tem medo e não aceita o processo de desconstrução. Lancei meu protesto e to aqui, to aí, pro que der e vier. Agora, porém, encerramos o período com o gosto do afrontamento através de um discurso de quem tenta manter-se no topo da cadeia, portentosa, jubilosa, regateira e mascarada. E viva a santice desvairada!

"Eu, nós mesmos e a inquisidura" ainda nos cruzaremos por aí. Aguarde cenas dos próximos períodos. 


Notas de rodapé:

"É melhor ser rejeitado por ser sincero, do que ser aceito sendo hipócrita." (autor desconhecido)

"Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo." (Raul Seixas)

"Antes ser um ridículo do que um hipócrita alienado." (Eu e nós)

Vida que segue: travessia...



No acaso do tempo...
Já experimentamos a saudade e a ausência em nossas vidas
Tivemos nossos alicerces estremecidos
Nossas muralhas viraram ruínas
Sentimos o peso do fardo ao beijar a lona
Vagamos longamente no deserto da solidão
E, mesmo estando entre os que nos amam verdadeiramente
Tudo parecia um mero paliativo

O reencontrar-se na vida vai além de enxergar novas paisagens
E aproveitar novas oportunidades
Creio, é ressignificar-se em cada passo
Sentindo a brisa das terras por onde se passa
Porém, é preciso aceitar a desconstrução
E simplesmente abrir-se para uma nova chance à vida!
Vida que segue: Travessia...

Filosofarias de minhas noites


"É muito fácil esconder-se no papel de vítima a assumir a parcela devida de culpa."

"Olhar a complexidade pelo fim é ignorar os próprios meios."

"Aqui se faz, aqui se paga. E eu paguei o meu preço antecipadamente. Portanto a liberdade do presente é a dádiva pelo cumprimento da pena."

"Cansei de viver cercado pelos fantasmas alheios. Já bastam os meus!"

"O caos do sofrimento é aprendizado. Mostra-nos que não há melhores nem piores e ao mesmo tempo nos coloca em pé de igualdade independente de qual lado estamos."

"E, quem não teto de vidro, que atire a primeira..."