sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Carta para o menino do futuro


e...
de repente vivemos uma vida que achamos que é perfeita, direita, normal
acostumados com descasos, ausências, desimportâncias, falta de atenção
e a gente acaba acreditando que isso tudo é normal,
que tem que ser assim, que a vida é assim
Mas não!

a vida não é assim
a vida tem que ser plena, inquieta, apaixonante, motivadora
por vezes depende da chegada inesperada de alguém em nosso meio
um alguém que chega nos desbancando e nos redescobrindo
e faz a gente entender que tudo aquilo que achávamos que era viver, na verdade era ilusão, era prisão

em algum momento você vai entender
porque ser normal, viver a normalidade não é aceitar situação imposta
a ausência e a solidão de um dia passado não deve mais ser aceito
devem ser substituídos e preenchidos
só quando encontrar é que saberá que chegou a hora
E isso sim é normal!
viver bem
estar apaixonado todos os dias
acordar com aquele frio na barriga
esperando a oportunidade de ver, ouvir, abraçar e beijar

o que é normal pra sociedade não me serve
porque o que é normal pra sociedade é fingir que está tudo bem, enquanto não está
eu estou bem, porém não preciso mostrar nada
basta que eu sinta e saiba
basta que você sinta e saiba

"querido diário de amor mais perfeito que existe"

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Carta de uma velha infância


Se
tivesse toda a certeza da continuidade dessa vida em outras vidas
com certeza não hesitaria em partir e te esperar
te esperaria e partiria quantas vezes fossem necessárias
até que os ciclos se encaixassem no mesmo ponto 
e no mesmo tempo...

Mas
não, infelizmente não tenho essa certeza,
sou refém desse tempo, do tempo em que não se mede
sou passageiro da vida, eternizado no tempo do seu amor
sou caminhante do destino, de outros mundos
em busca do seu encontro, do seu mundo

Você 
é estrada sem fim, só de ida... 
inesquecível travessia 
de outras vidas 
para todas as outras
eterno sentimento

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Sinais de um novo tempo


Meus sinais se perdem nos dias
Em busca de outros sinais, outros dias
Que se repetem no novo, de novo
Na ausência de nós eu desato meus nós
Uma esperança silenciosa, cíclica
Que ora se define na esteira do tempo
Ora se definha com o próprio tempo
Dias que se vão, para sempre me assombrarão
Entre fé e desilusão
Eu me equilibro no pensamento
Deixo o mundo ao redor consumir meus tormentos
E me agarro no que há de tão único no existir
A vida que eu trago no peito
Histórias que no sonho me deleito
Acordando e buscando no olhar perfeito
A magia de nunca perder o brilho...