segunda-feira, 12 de agosto de 2019

ABC & ÁGUIA - Parte I - A origem


"Fazendo memória e celebrando a história"


Recontar uma história tão boa e positiva tal como foi vivenciada naqueles anos, intensos anos de 1997 a 2000, é algo que me enche de alegria... Trazer isso à tona, neste momento tão triste e de luto pela perda do querido amigo Carlos Henrique, foi também uma forma de reaproximar a todas e todos que de alguma forma participaram daquele período. De antemão, conto com a ajuda de vocês para momentos e detalhes que eu acabar esquecendo de mencionar. Quem sabe, num futuro próximo, esse material possa até ser catalogado para a posteridade, para os nossos filhos, netos (...).

Bom... era uma vez (...)

1997. Eu estava participando de um grupo de jovens na Comunidade de Vila Cantizani, coordenado pelo Márcio Assis e pelo Toca, já havia alguns meses, e recebi um convite da Riete, coordenadora geral da PJ na Cantizani, para iniciar um grupo de adolescentes junto com a Érika de vice. Tal convite vinha como um "chamado" bem como uma chance de fazer algo diferente em termos de grupo.

De início eu fugi da responsabilidade. Não queria nenhum compromisso. Mas a forma que fui abordado pela Riete ficou martelando em minha cabeça. Ali, no pensamento, já estava lançada a semente de um Novo Grupo, um Novo Amanhã, um Novo Horizonte.

Passaram-se uma ou duas semanas e enfim aceitei o convite. Eu já tinha noção que queria ser alguém próximo dos adolescentes, queria ser amigo, estar presente, me dedicar, criar possibilidades para que cada um pudesse se desenvolver dentro do seu próprio potencial. E olha que ambos os grupos eram recheados de talentos. Na minha cabeça eu queria contribuir para que cada um pudesse desenvolver o seu senso-crítico e ter voz ativa dali por diante. Reconheço que em muitas vezes tive cuidado e zelo em excesso. Mas também posso justificar que foi uma experiência nova, única e com muita dedicação.

Fomos atrás de alguns nomes que haviam terminado a crisma. Entregamos convites para cada pessoa, em mãos, com data e hora para a primeira reunião. No primeiro encontro foram nove pessoas, contando comigo e com a Erika. Todo mundo tímido, pouca empolgação. E como diziam alguns adolescentes da época: "perdido igual azeitona em boca de banguela". Na segunda reunião foram apenas duas pessoas. Aí deu aquele gelo. Medo de ter fracassado sem mesmo ter começado direito. Pensei em desistir mas tinha algo que dizia para "acreditar" e então fomos novamente atrás de todas as pessoas. Para nossa surpresa, na terceira reunião havia mais de 10 participantes. E assim o grupo foi crescendo em número mas principalmente em personalidade, amizade, talento, alegria e participação.

Detalhar esse início da caminhada creio que é fundamental para esse resgate histórico. Entendam que não foi meramente um acaso ou uma coincidência, mas uma história sonhada, planejada e dedicada para uma caminhada diferente. Lógico que nem tudo saiu como o esperado. Houve, no decorrer, desentendimentos e decepções porque todos eram inexperientes, inclusive e principalmente os coordenadores, mas mesmo assim acredito que o resultado foi verdadeiramente positivo.

Por enquanto é isso. Aguardem os próximos capítulos dessa história a qual vocês foram protagonistas!

Ver - Julgar - Agir - Rever - Celebrar





terça-feira, 6 de agosto de 2019

Memória de um dia triste - II


A vida é um espaço no tempo delimitado entre nascimento e morte...


03/08/2019, sábado.

Ainda tomado pela triste notícia da morte inesperada de um conhecido amigo, eis que me chega uma outra notícia de um fato acontecido a dois anos mas que até então eu não sabia.

Tomei conhecimento através de um grupo no Facebook no momento em que algumas pessoas falavam da morte de outros amigos (Joice e Carlos Henrique) e citaram seu nome, Gabriel...

Gabriel... nos tornamos amigos a partir do Curso de Inverno da PJ, que aconteceu em Araçatuba no ano de 1999. Ele tirou sua própria vida em 2017, aos 34 anos de idade... Nossa última conversa foi justamente em janeiro desse mesmo ano, no dia do seu aniversário...

No mesmo instante fui até sua página nas redes sociais mas não encontrei nenhuma informação.

Novamente, muitas perguntas sem respostas, muitas respostas que não se explicam... Vários pensamentos que passam pela cabeça a começar, principalmente, o motivo e as dores que o levou, ou melhor, que os levaram ao extremo dos extremos... Penso também na dor dos que ficaram... Tentar organizar e seguir a vida sem o contato e o convívio dos que partiram sem explicação é uma tarefa penosa, árdua e que, realmente, não existe resposta...

A vida é tão curta... Tão jovem se foram...

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Memória de um dia triste

A vida é um espaço determinado no tempo (...) entre o início e o fim.

E de repente uma notícia triste me tirou da rotina dos meus dias. Fez-me parar diante da correria e buscar na memória momentos vividos que deixaram saudades. Muitas perguntas sem respostas. Muitas tentativas de respostas que não amenizam o sofrimento de quem ficou após a súbita partida de um ente querido.

Nesta última sexta-feira, 02/08/2019, recebi a notícia de que um jovem de 34 anos partiu desse mundo, tirando sua própria vida. Eu o conheci quando ele tinha entre 14 e 15 anos de idade. Fez parte de um grupo de adolescente, ao qual fui coordenador, entre 1998 e 1999. Foram dois anos intensos vivido por todos os integrantes. Uma experiência de aprendizagem múltipla e recíproca. O grupo, que seguia uma caminhada aos moldes da Pastoral da Juventude - PJ, recebeu o nome de ABC. O garoto, C.H., era um adolescente cheio de vida, levado, traquino, inquieto, sorridente, questionador, amigo, inteligente...

O fato triste e trágico que o tirou deste mundo é algo muito sério... Vale pra gente a reflexão de que o nosso espaço aqui neste mundo, delimitado entre nascimento e morte, já é rápido por sinal, e noutras vezes esse espaço, esse tempo ainda é encurtado...

Que Deus dê forças para os familiares do Carlos Henrique e que ele enfim encontre descanso e paz para todas as suas angústias.