segunda-feira, 27 de abril de 2015

Felipe em seu primeiro encontro eucarístico


26/04/2015 - 10:00 horas
Foi um dia marcante
Emocionante
Que nenhuma palavra seria capaz de traduzir
Nem dar sentido ao que se sentiu
Ficam as imagens para a posteridade
E as mensagens para a eternidade
Parabéns meu filho
Por sua PRIMEIRA EUCARISTIA.



















Guerra dos Mundos - Parte VII - "Eiros & Ismos"


No reino da terra de um dia 
Onde me pus a viver a minha utopia
E pude sentir o gosto do sonho na realizada profecia
Vi de quase um tudo o que não se mais via
Religuei-me ao Sagrado
Refutei o meu passado
E me despi a caminhar
Sobre o chão deste lugar
Era um povo que elevava seu mago
Mais que Aquele que já fora condenado
Ele era um líder de cortejos
Que gostava de belas túnicas
E andava por sob as pompas
Mas um dia suas belas alegorias
Chamaram a atenção de uma moça
E assim sua fala sempre regralista
Sucumbira diante dos olhares que o trairia
As regras burlou e com ela se deitou
Protagonizando o obscuro desejo
Por sob o véu da assembleia
Que assim preferia, fazer de conta que não via
E mantinham a tradição acima de qualquer cristão

O tempo passou no reino da terra de um dia
E um líder carismático então assumiria
O posto pelo ex-dirigente deixado
Este, era de tal forma empenhado
Doutor conhecido e estudado
Que a assembleia, ouvir sua fala adorava
Ainda mais porque do lado estava
Dos devoteiros que a tudo veneravam
Dias de santos e santos, pra tudo só rezavam
Mas um dia o tal mago 
Já solitário e já cansado
Haveria de esculhambar com as regras
E pra curar a tentação do sertão
Já que não poderia se deitar por aí
Pra que não houvesse maior desgraça
Se embrenhou nos rumos da cachaça
E assim, este também partiu
E a assembleia sem eira nem beira
Preferiu manter a tradição acima de qualquer cristão

E o tempo nem passou direito na terra de um dia
E o co-assessor do mago cachaceiro
Na tramoia das noitadas de sair haveria
Já estava avisado que seu castelo cairia
Este então, mais tranquilo e modernão
Não se importava com muita coisa
Mas era de tal carteirinha um bom raparigueiro
E o povo tão tapado de hipocrisia
Vendavam os olhos para tantas façanhices
E cultuavam cada dia mais os santos
Que da escola do santo doutor
Esqueceram que o santo também é pecador
E o povo se sucumbia na fé
Já que nem mãos nem pés
Firmavam naquela terra de tantos "eiros"
Onde os "ismo" maquiavam os passageiros

Chegou então um homem sensato
E bem logo de imediato já se avisou
Eu sou chato e gosto das coisas às claras
Nada de papos atravessados e descompensados
Conversa tem de ser nos olhos, cara a cara
Mas o povo não digeriu
A santa hipocrisia que a tudo e santo se rezava
De ser chamada a atenção não gostava
Quando em seus exageros o devocionismo imperava
Seus santos doutores
Que os assembleeiros idolatravam
Podiam andar no errado em seus santos pecados
Mas desde que não atrapalhassem a cultuação
De todo santo de plantão
Que as lideranças traziam à mão
Este homem tão simples e centrado
Que não gostava de condenação
Teve um grande amparo em seu legado
Quando lá da cúpula um homem deixou seu reinado
E um grande e simples centrado
Abriu as janelas da alma
E limpou a poeira da hipócrita inquisição

No reino da terra de um dia
Já vi doutorzinho metido em estrepolia
Vi bebunzinho renovado em cachaçaria
E raparigueiro desdenhado em putaria

Mas,
Vi também um homem de bem 
Fazendo o melhor não importasse a quem
Sem se importar com as regras
Nem com os fiscais da santa inquisição
Que perduram no ócio de plantão
E no raiar de cada dia
Faz do seu legado uma fé viva 
Requentada de tantas flores e poesia
Com canções que nos arremetem a utopia
E ao abrir as janelas dos pilares
Permitiu ali adentrar
Um novo ar pra renovar
Os corações de quem os olhos abriu
Este mestre se vai um dia eu sei
Mas nem rio nem homem
Jamais serão os mesmos...



sexta-feira, 24 de abril de 2015

O homem é livre ou até que ponto é livre?


Filosoficamente o homem é livre. Teologicamente ele tem uma liberdade finita, limitada. Porém, nenhuma ciência foi ou é capaz de garantir a verdadeira liberdade para cada indivíduo. Todos são reféns de sistemas (sociais, políticos, econômicos, científicos, religiosos, etc) e toda tentativa de garantir a liberdade acaba tornando-se um engessamento, ou alienação, em si mesmo. Uma pseudo liberdade.

De maneira particular creio que a liberdade maior é individual e se dá no campo intelectual e espiritual, e longe de qualquer tipo de mordaça social, religiosa e científica. São raros os que se desvencilham dessas amarras. A máxima "todo homem morre mas nem todo homem vive" contempla de maneira singular todo esse pensamento.

O perfil das vaidades



Coélet narra poética e proverbialmente sobre as vaidades: "Vaidade das vaidades. Tudo é vaidade." Eclesiastes.

O cenário haveria de ser diferente no ambiente das comunidades, principalmente por sobre aqueles que encabeçam trabalhos. Fato: não o é!

Não precisa ir tão longe na percepção uma vez que tudo está tão nítido até aos olhares mais ingênuos e desprovidos de qualquer intenção de crítica. A vaidade não consegue ser camuflada. Ela é uma alegoria imperceptível mas essencial para a celebridade em questão.

Levemos em conta a evolução geral de tudo e de todos, o que de certa forma contribuiu para um melhor entendimento e esclarecimento sobre a vida em comunidade, sobre as escrituras e por conseguinte sobre a vaidade.

O retrato da comunidade, digamos que poderia ser na forma de um mosaico. Várias cores, formatos e tamanhos que se encaixam. Melhor ainda: uma colcha de retalhos! Assim sendo não há um único rosto, nem um único perfil. Há um padrão onde todos se entrelaçam mutuamente. Peças ou retalhos que requerem maior atenção não conseguem se encaixar neste retrato. Precisam de um holofote exclusivo.


O perfil das vaidades é o mesmo das celebridades. Sua entrada é triunfal. Jamais por sobre um burrinho. O tapete vermelho é indispensável. Faz sua política de notoriedade na cumprimentação de cada um que passa por sob seu campo de visão.

Outro detalhe importante sobre as notórias celebridades é que sempre querem dar a sua vontade como rosto definitivo para a comunidade. Na verdade não chega a ser nem uma caricatura pois sua sensível vaidade se desfaz frente ao clamor real da colcha de retalhos. 

Para a celebridade, ter suas vontades contrariadas é uma afronta para o ego. É um chamado para a briga, ou para a guerra, dependendo da óptica. As peças ilustres levam em conta apenas a necessidade de realizar suas vaidades acima de qualquer coisa. Se necessário usam da hierarquia, da oposição, do motim, da fogueira, das palavras soltas, da Palavra deturpada, dentre outras cositas mais, para o seu proveito próprio. Tudo é vaidade!




"A mística e a espiritualidade de aparecer que é perigoso. Quem não sabe aparecer cai em pecado. Quem não sabe aparecer pros outros para mostrar Jesus corre um grande risco de aparecer por aparecer." Pe. Zezinho em uma pregação na Canção Nova. Público alvo: músicos e lideranças. Aí eu pergunto: "Será que serviu pros artistas de lá? E pros de cá?"

Cartas para o calabouço - Parte VII




Liberdade...
Tanto tempo se faz no tempo
Tanto tempo se faz com tempo
Tanto tempo se perde no tempo
Tanto tempo se perde com tempo

Inimigo seu, caro meu amigo, és tu
O teu silêncio é supérfluo
Entrega-te ao vazio do não agir
E do não falar
Mas inquietante é o seu pensar
Barulhenta é o teu aquietar

A natureza na montanha
Lá, creio agora, talvez seja o seu destino
Quem sabe lá, não se perca em desatinos
Quem sabe no caminhar te encontres num menino
Aquele de alma pura e sonhador
Que tem de menos o medo e de mais o amor

Eis que a montanha é mística
Tem segredos que se revela a cada um
Tem encantos que se perfazem à pureza dos seus
Tem belezas que hipnotizam os mais brutos
Requer porém um tantinho de esforço
Sofrido e merecido esforço em lá se adentrar

A vitória, caro meu inimigo teu
Não é o topo alcançar
Talvez lá chegar seja a meta
Mas o que há de melhor e mais concreto
É a sua travessia
Com todas as estrepolias que nos geram alegrias

Sua insanidade ainda tem alguma razão
Realmente desconheço teu calabouço
Ou teu esconderijo de si mesmo
Concordo sobre seus piores algozes 
Pois estão aprisionados com você
Você os criou e os alimentou

Jamais nos perderemos
Mas, queira querer bem
Contemple a vida...




Cartas do calabouço - Parte VI



Meu inquisidor de nós dois
Quanto mais me entrego ao silêncio
Mais o barulho teima explodir em mim
E o estrago é grande

Não fiz escolha alguma
Ou, se fiz, não sei mais qual foi
Só sei que aqui estou
Resultado do que trilhei
Quando consigo, encontro a janela
E arrisco olhar por ela
Vejo verde, vejo azul
Ouço a água batendo na pedra
Ouço pássaro cantando
Então vislumbro a montanha distante
É lá que eu quero estar
Vejo então a esperança aproximar
É o passo ao horizonte
Um frescor de novos ares
Voltando a sonhar
Que eu não morra em utopia

Nunca pedi para ficar
Se queres partir
Que vá
Mas te peço
Não me esqueças
Ou mesmo que quisesse
Nossa história não permitiria
Corpo e alma
Razão e emoção
Foram feitos em conformidade
Tem horas que penso
Que o preso és tu
Desta vez, por fora

Tempo?!
O tempo é aniquilador
Fé?!
A fé é resposta pra desesperança
Ouses tu trocar de lugar
Viva o oposto de teus dias
Coloque-se onde estou
Hoje, simplesmente
Quero ousar não dizer nada

Em tempo ainda
Exijo respostas do tempo já vivido
E espero num tempo sofrido
Entender o futuro perseguido
Vivo numa fuga intensa da dor
Do tempo que ainda resta para entender
E livrar-me de meu algoz
É livrar-me deste calabouço
Aqui jazem e vigiam-me
Os meus piores inquisidores


terça-feira, 21 de abril de 2015

Grande Sertão: Brasil - parte III - Versus



Realidade versus ficção
Natureza versus tecnologia
Riqueza versus pobreza
Sabedoria versus insensatez
Franqueza versus hipocrisia
O mundo é um jogo de opostos
O avesso dos avessos
Côncavo e convexo
E no limiar entre céus e terra
Jaz o sertão
Seja lá, acolá ou no coração
Já dizia o grande poeta dos sertões
Guimarães Rosa
"O sertão está em toda parte
É dentro da gente"
E nessa desventura desprovida de almejo
Na sábia insensatez e vontade do benfazejo
Sigo o instinto matuto do agrado imediato
É necessário abrir novas picadas
Seja no asfalto ou no mato
No primeiro contato o olhar inocente
São crianças, sorrisos e esperança
São gente que pouca gente vê
Um casal de irmãos me esperam atentos
Eu, de não sei de onde oriundo
Caminhando rumo ao seu mundo

Mostrei-me amigo e de boa vontade
A confiança então foi verdade
Conheci seus nomes
Logo num chão acinzentado
Pela queima de lixos e objetos
A menina, a mais nova, com sua meia vassoura varria
Um caixote era uma mesa
Uma cadeira com cordas de naylon descartada ali
E um balde que era a suposta lixeira
Identifiquei o cenário e perguntei
Estão brincando de escola?
Toda tímida me respondeu com a cabeça que sim
E então ganhei um santinho
A imagem de uma santa, a mãe de Jesus

Seu irmão sobre a bicicleta ziguezagueava
Davam-se bem
Toda delicada a garotinha, já vaidosa
Tinha marcas de esmaltes em suas unhas dos pés
Apenas algumas
Era rosa
Noutro canto outras três crianças brincando
Numa piscina desusada e descartada
Sem água sob o chão
Posterior, com alguns copos de água e terra

A bola sobre a cerca
Vi como um sonho pendurado
Escondido, deturpado, roubado
Por quem?
Por todos nós que nos calamos
E os mantemos à margem
Marginalmente aquém da margem

Um telefone de tecnologia no meio da terra
Bonecas e cd's abeirando a cerca
Um caminhãozinho parado sob a barraca inacabada
Todo tipo de descarte
Que a santa hipocrisia chama de caridade
Ali se encrusta os recebidos em cores e amores
Pra saciar o ego dos doutores
Dando um paliativo pra tantas dores

Ainda me deparo sob a ponte
Com o nome de Jesus pintado na lateral
Deus no céu que olha
Deus na terra que faz
E alguém pintando o nome de Jesus
Como se olhando estivesse para esses amarginalizados 
Imagino que quem isso fez
Sequer olhou pro lado uma vez
E visitou o Jesus no rosto sofrido de cada assentado

Na prosa poética de um estimado meu doutor
Tamanha simplicidade e humildade
Vou saindo margeando meu caminho novamente
E com uma tamanha inquietança
Mas com vontade de fazer mudança 
Então, compadre meu, senhor José
A festa ainda há de ser do tamanho de seu merecimento
 De tudo que vivi nesse tempo de hoje
Em meio a inocência da infância
"Como posso me calar?"



"O Sertão é o sozinho, 
É dentro da gente
Está em toda parte.
Deus e eu no Sertão."

(Guimarães Rosa)





Grande Sertão: Brasil - parte II - Prosas


Pensamentos, prosas e provérbios
Na contramão da imaginação
Minha arrumação teve de ser reajeitada
Era uma a minha intenção
Saber quantas casas ali tinham
E quantas famílias, quantas pessoas
Perspectivas, e situações
O pra quê de tanta investigação
Só fui entender nas prosas que ali travei
Que nada tinha mais valor
Que o calor de cada vida
Um borná, caderno, caneta e celular
A água na garrafa de usar nem lembrei
Procuro por alguém já conhecido
Não lembro o nome e então proseando eu sigo

"Pra que tu tá aqui?"

Digo que é um levantamento
E já embalo no proseamento
Querendo saber o que mais se precisa
Além de tudo de que se necessita

"Água e luz meu sinhô"

Responde o primeiro José
Cearense arretado
Sem pregas na língua
Personalidade honrada
Tem palavra certa
E uma fé em Deus
Que a todos abençoa
Minha pesquisa vai ficando de lado
Em cada história
Que o valente combatente 
Vai trazendo da memória

"Ah, meu sinhô, aqui a polícia visitava direto
Roubavam nos cafundó
E os home parava aqui só
Eu, já me enfezado, 
Um dia esbravejei e bem alto falei
Aqui mora homem digno e honrado
Tanto ladrão engravatado
E os ceis vem aqui na minha porta?
Depois disso, meu sinhô
Essa folia se acabô
Graças a Deus"


E as horas se passaram mas o tempo eu não vi
Seu José me dispensou
Quando logo se alembrou 
Que tinha um barraco a construir
Uma foto, seu José, pra eu guardar dessa visita
De braços abertos e sorridente
Braços fortes e honradez
Em meio a timidez sorriu contente
Meio sem rumo fui caminhando
Pra de volta da direção do meu mundo
Entre a via marginal e marginalizados
Encontrei a pessoa que procurava
Três crianças com febre
Mais ela e seu marido
Aguardando as roupas quarando no varal
Pra depois correr com os meninos pro hospital

"Não tem muita roupa
Tem que esperar secar"

Fui tocando mais adiante
E vi outro rosto conhecido
De outra missa que lá teve
Dona Francisca e seu marido, José
O segundo José, e três crianças
Que espreitavam numa piscina vazia
Fui tirando foto, com a licença devida
De tudo quanto é coisa que eu via
Na primeira tentativa seu José se recusou


"Pra quê tirar foto de um bicho feio feito eu?"

Deu alguns passos, colocou boné na cabeça
Pensou e se virou

"Então tira meu mestre
Se tu quer tirar, então tira essa foto"


Ficou um pouco distante de sua esposa
Mas sorriu e agradeceu 
Seu barraco precisando de telhas
Madeiras, tudo quanto é coisa de se imaginar
Fui sabendo de sua vida
Em cada provérbio que ele contava
E se esperançava quando se alembrava


"Quem sofreu foi nosso Senhor Jesus Cristo
Para salvar dos nossos pecados
Aqui o cabra tem que se avivê com o que tem
Tenho fé que logo mais
Noutra vez o mestre vai ter um lugar pra se assentá
Voltei pra Juazeiro e não tive ajuda lá
Vim pra cá porque aqui as pessoas ajudam
Nada me há de faltá
Tenho filhos de outro casamento
Que não querem saber de mim
Tive casas e tudo perdi
Pra bebida e a jogatina
Nessa vida só tive duas mulheres
Aos meus setenta e seis anos
Não sou um cabra mulherengo
Lá no trecho eu era conhecido 
Era o José Fogueteiro
Aqui, minha mulher não gosta mas eu falo
Sou o José Fodeteiro
Estou todo fudido meu mestre
Mas tenho fé que vou vencer"

Fui logo me despedindo 
Apertando aquela mão calejada
E percebendo aquela pele surrada
Aquele olhar que não se perde jamais
Quatro telhas era o necessário para seu José
Resguardar a família 
Pois seu barraco de agora
Quando chove, dentro molha


E nos passos de retorno pelo lado de baixo
Ao longe avisto uma mulher 
Suas roupas lavando agachada na marginal
Cadeiras amarelas e vermelhas ao seu redor
Era pros motoristas perceberem o sinal
Ali, naquele espaço tinha gente ocupada
Que desviem os doutores da estrada
Fui andando de volta
Com os provérbios dos meus mais novos teólogos
Fermentando em minha mente
Não dava pra continuar igual
Dali em diante, haveria de ser e fazer diferente
Meu almoço já em casa
Parecia descer quadrado
Eu precisava dar um jeito e lá voltar
Eu precisava com aquele seu José Fogueteiro
Mais uma vez prosear
E assim, mais tarde eu voltei
Lá estava ele deitado sobre um compensado de madeira
Sua cabeça recostada sobre um tijolo forrado 
Com um pano, o seu travesseiro
O barraco continuava o mesmo
As mesmas telhas estavam faltando
Não pude socorrê-lo naquele pedido
Dia de feriado, tudo fechado
Minha boca nada prometeu
Mas meu coração se comprometeu
E se eu não mais voltar
As prosas se perderão no ar
Mas minha alma nunca mais se aquietará
Diante de tudo isso
"Como posso me calar?"



"O Sertão é o sozinho, 
É dentro da gente
Está em toda parte.
Deus e eu no Sertão."
(Guimarães Rosa - Victor e Léo)