domingo, 4 de setembro de 2022

Crítica: "A desordem que ficou"



Professora: "Morrer é uma arte. Como tudo, eu faço isso excepcionalmente bem. Tão bem que parece o inferno. Tão bem que parece real. Suponho que poderia chamar de vocação." - Sylvia Plath.
- O que ela pretende com esses versos? Seria um grito de socorro? Está anunciando a sua morte?

O trecho acima refere-se à série "A desordem que ficou". As falas incitam curiosidade e pesquisa. A morte  em si causa espanto, curiosidade sobre o que vem depois e, óbvio, insegurança, medo. Até os mais céticos se rendem ao tema morte. As religiões explicam às suas maneiras e o que move as pessoas é a fé, a crença. 

Dentre tudo o que se expressa e afirmam por aí sobre a morte acredito que a arte é a maneira mais leve, pura e não deixa de ser uma verdade carregada de esperança para elucidar esse rito, esse mito, essa passagem. A poesia por exemplo é capaz de ir além do que a religião afirma e do que a ciência propõe. Ela pode caminhar sem peso nem culpa lado a lado com ambas e ainda assim tecer o seu próprio meio para explanar sua verdade.

Particularmente acredito que a morte não possa ser o fim de todas as coisas. Acredito também que a nossa memória persiste como um legado no coração daqueles que amamos. Tornamo-nos histórias recontadas entre risos e lágrimas que, com o tempo, vai se apagando lentamente neste plano. Em algum lugar, ainda nos encontraremos...