segunda-feira, 19 de maio de 2014

Devaneios do tempo


Entrega-se ao sensível
Eternamente impossível
Emoções e razões
Aos nossos corações

Nem tão longe nem tão perto
No limite discreto
Ausente mas frequente
Em química eternamente

Foste única no jardim
Foste a Lua e o Serafim
Fuja agora de tua prisão
Nos meus olhos, tua direção

Enigma da verdade
Audácia da vontade
Sofrer do querer
Amar é perder

Perder na vida
Alcançar na corrida
Jamais no interior
Pois impera o amor

Não há clausuras
Escritas sem rasuras
Libertado é o sentimento
Devolvido pelo tempo

Afasta-te do medo
Desnuda teu segredo
Afirma teu olhar
Direciona o teu caminhar

Que se estabeleça o elo
No toque tão singelo
A entrega desmedida
A vitória ainda em vida

Aqui ou noutra dimensão
Da terra ou do coração
Selado foi o beijo amado
Derramado enfim o sangue sentimentado