domingo, 6 de dezembro de 2015

Superficialização

 (*)

Ao entregar o livro "Cá de dentro" a moça abriu-o e disse que precisava de um lugar assim, como o poema "Apenas um lugar" descrevia, sem conexão com a tecnologia.
De certa forma ta todo mundo perdendo o contato, o calor humano.
As relações estão superficiais, virtuais.
As pessoas estão acostumadas com tragédias cada vez mais violentas expostas nas redes sociais. 
Nada mais comove. 
Nada mais emociona.
Estamos numa era de maquiagem virtual.
Todo mundo é lindo.
As declarações de amor explodem por aí, de lá pra cá, daqui pra lá.
Na vida real, nada acontece.
Pessoas distantes que se fazem próximas.
Pessoas próximas que se distanciam.
É a vida.
São as pessoas. 
É a tecnologia. 
É a frieza humana.
Estamos mergulhados na era do superficial.
Pena.
O que será num futuro próximo?
Será?

(*) Foto de uma flor artificial, daquelas que ornam as lápides.