domingo, 24 de setembro de 2023

Crítica: Sex Education


A série, que mistura comédia, drama e realidade no mundo adolescente-jovem, tem em seu enredo um mix de assuntos próprios da idade: descobertas; conflitos pessoais, de relação e familiares; escola e bulling; mudanças hormonais; dúvidas sobre o futuro; responsabilidade precoce; sexo e sexualidade; inclusão e discriminação; religião e aceitação; LGBTs; etc.

A linguagem, ora descolada, ora exagerada, intercalando cenas sensíveis, sexo explícito e diálogos emocionantes, da realidade ao fantasioso, são elementos que já vimos e ouvimos falar. O diferencial que o cinema traz é algo que podemos assistir sem as cobranças moral e religiosa, mas com senso-crítico, refletindo e extraindo o melhor para a construção de novos pensamentos e deixando de lado aquilo que não nos agrega.

Relações de classes sociais, conflitos entre pais e filhos, disputas das mais diversas possíveis dentro desse universo adolescente-juvenil, temperados com sentimentos de medo, ousadia, angústia, solidão, rejeição, descobertas, traição, vão deixando o sabor cada vez mais envolvente e viciante para quem gosta de uma boa trama. 

Vale ressaltar que um dos pontos fortemente de destaque na trama é a busca por orientações sexuais e de sexualidade. Tudo parte da premissa da descoberta, seja solo ou numa relação. Há também um devido cuidado para deixar uma mensagem positiva em evidência, pois algumas coisas que correm soltas na série podem e ou devem ser evitadas enquanto que outras devem ser contempladas e trazidas para o contexto real.

É possível distinguir o exagero do socialmente aceitável, bem como perceber que a ficção é uma pintura da realidade mas, cada um pode adaptar o seu olhar crítico para o cotidiano a que pertence. Vale a pena assistir!