quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Me deixa

"Me deixa bater asas e voar
E daí se eu não conseguir?
Eu só quero me atrever
Ousar e abusar da minha própria sorte
Não se preocupe com a morte
Ela é certa
Ela é apenas mais um fim
Não seria diferente por mim
A vida? Sim...
Um dia a mais, ou um dia a menos
Questão de ângulo e pensamento
Nada de tormento para este momento...

Me deixa pular, cavalgar
Que seja nas asas da imaginação
E daí se meus pés não estiverem no chão?
Logo estarei centrado
Seja por mérito, por esforço,
Por pressão ou por tropeço
Assim como as palmas nesta hora surgirão
Sei que nomes e ombros ali também estarão
Não viva meus medos
Não viva minhas ilusões e frustrações
Não viva... meus sonhos e suspiros
Apenas exista, presente ou ausente
Ciente, indiferente, tão somente só...

Me deixe mergulhado
Na solidão da alma
Ela me aflige, mas me acalma
Me remete em Deus os pensamentos
Sussurro a ELE meus tormentos
E em forma de vento
Também sinto sua mão
As vezes pesada
Então me firmo, afirmo e reafirmo
Me deixa calado...
Serei lembrado, talvez amado
E eternamente
Amante da vida...”


Ailton Domingues de Oliveira

14/09/11