Derrama sobre o tempo a esperança e a espera
Entre o ideal e o real, o bem e o mal
O sonho e a luta de tantas estações e primaveras
Querência de um tempo vivido
Que se repita no pulsar da alma
Como no crepitar da chama
O que de fato foi bem visto, bem quisto
Finda-se em algum momento a passagem
Que se eterniza apenas na memória
De quem continua a viagem
Na pressa, sem demora, sem hora
De todos os tempos
O que mais pesa é não saber onde termina
A história da vida de quem nos ilumina
E num piscar se esvai feito vento