Viajante solitário
de seus mundos mais profundos
que no deserto imaginário
Sobrevive eternizado
no calor do momento
No valor de cada tempo
Alquimista da arte
Protagonista da vida,
Sua alma grita
Pelo sonho, pelo gosto
A gana de viver
de sentir o prazer
Não quer mais ser
a sua própria cela
Quer o doce olhar pela janela
novos horizontes
Céu azul e bonito
de perto, tão mais belo e infinito
Ossos e carnes se contraem
E desacompanham seu pensar, seu querer
Mas o destino, seu algoz
Te faz refém da própria sorte
Entre um risco e o rabisco
Prefere entregar-se ao perigo
Na intensidade que lhe ainda resta
A enterrar-se em vida
Na sentença imposta de sua própria morte