quinta-feira, 18 de abril de 2024

Carta - Do caos à borboleta V

O caos
Universo de opções
Sem intenções
Que tende sempre a despertar
Monstros e demônios
A gladiar com anjos
Num terreno tão sagrado
Quanto profano
Deserto de desejos
Tudo se mistura nessa imensidão
Ao ponto de não saber
O quão inocente seria o demônio
Ou tão tirano seria o anjo
Na guerra dos mundos
O amor quando profano 
Se torna fecundo
A cegueira social é contagiante
Sobrevive quem se anula,
Quem morre para esse mundo
O efeito é gritante
A causa sempre foi distante
De todo e qualquer olhar
Poder, status, ganância
Eis a verdadeira ânsia
Instinto matuto e selvagem
Gerir meu caos
Tem menos danos
Que o sistema desumano