quarta-feira, 27 de março de 2013

Silêncio, Verbo e Oração




"No silêncio que paira sobre o sepulcro
No tempo que se desenrola por sobre o mundo
Na mística do simples existir
Que ao final se revela como o tudo

O Verbo que deixou o inerte túmulo
Para então existir em cada templo
De cada coração que abrir-se ao mistério
Da fé que então sustenta e o alimenta

A oração que não ressoa feito prosa
Sai da alma, do silêncio do pensamento
Ouço o sussurro do Vento incessante
Que balança os sinos das catedrais

No silêncio que permite o reencontro
Neste mundo materializado e esgotado
Vejo as Mãos chagadas estendidas
Sinalizando que minha oração já fora ouvida"