E foi pelo amor, o excesso e a falta, o presente e o ausente, que minhas fontes poeticamente sonhadoras sempre foram férteis. Os extremos e os opostos num mesmo lugar; o amor dos avós e o não saber amar dos pais. De um lado o carinho, o zelo, o paternalismo e do outro apenas o protocolo do cumprimento da obrigação, sem saber como então fazer direito.
O cultivo à imaginação, à fantasia, ao surreal, estiveram enraizados desde a infância. Sonhos impossíveis, amores proibidos, realidades improváveis, foram mais que ingredientes neste caldeirão de ideias, foram substantivos vivos.

De todos os ambientes que contribuíram para minha formação, a escola e alguns professores sem dúvida foram fatores extremamente essenciais, principalmente no colegial onde o interesse pela literatura, por meio de grandes clássicos como "A Moreninha", "Inocência" e "Amor de Perdição", foram apenas a porta de entrada para o fantástico mundo literário, e posteriormente, a paixão pela escrita, a minha arte na arte.
Meus primeiros escritos foram entre 1992 e 93, e ocorreram de forma bem espaçada até o ano de 99. Uma grande pausa se deu até 2009 quando, retornando para Uberlândia para fixar morada reencontrei-me com esta paixão.
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E a escrita foi o caminho mais sereno e sensível para se enveredar nas veias onde corre o vermelho desse amor com essência de sangue latino. Foi também travessia segura para todos os devaneios explorados e aterrissados em cada linha, em cada verso. Viva o amor, viva a escrita, viva toda a arte e viva a quem se deleita por este mundo das poesias vivas!