segunda-feira, 11 de abril de 2016

Guerra dos Mundos - Parte VIII - O autêntico vs O maquiavélico


Dois homens. Um mundo. O primeiro detinha o poder do mando. O segundo, o talento na alma. Ambos, ocupavam o espaço da arte de ensinar. O que os distinguiam, além do talento e do sentimento pelo o que faziam, era a verdade que expunham.

Tão tarde observei que aquele que tinha também o ofício de ser chefe naquele reduto, possuidor de um sorriso sempre aberto em sua expressão facial, gentio, atencioso, cativante, era também o falso.

O segundo, além de todo o conhecimento que possuía somado com o talento no que fazia, era antes de qualquer coisa, sincero. De poucas palavras porém, dava-se apenas ao trabalho de cumprir com honras a missão a qual fora designado.

O talento autêntico não durou muito. Sua missão foi curta mas a cumpriu com inigualável destreza, deixando sementes vivas na alma de quem acolheu. A partida imediata deu-se por motivos torpes. Sentimento vivo e totalmente enraizado em seu mundo, não conseguiu a diplomacia necessária para ser tolerante com os críticos sem conhecimento.

Esta talentosa persona era um risco iminente ao legado do maquiavélico que não desperdiçou a oportunidade para livrar-se de seu colega algoz. Foi-se um mestre mas suas palavras ainda perduram. E na contrapartida desse joguete o giro do mundo encarregou-se de mover as peças contra o falsete. Sua dispensa não demorou a chegar. Permaneceu mais tempo que o necessário, uma vez que seu conteúdo era pequeno, desconexo e medíocre. Profissionalismo, diga-se de passagem, nunca houve. As portas fecharam-se ao falastrão que mantinha sempre a falsa política moral como seu cartão de visita. 

Na Guerra do Mundos há no mínimo dois lados, duas vertentes, e muitas condutas. Nem sempre a melhor aparência é a que mais tem a oferecer. Desta vez, aquele que politizava a seu favor não teve significado suficiente para garantir sua continuidade institucional... No giro do mundo, ele também rodou.