quinta-feira, 7 de junho de 2012

Eu não nasci há 10.000 anos atrás

...Eu!?
Eu não nasci a 10.000 anos atrás mas vejo há muito tempo as tantas promessas dos homens de preto, de cinza e de colarinho branco aparecendo nas diversas telinhas de TV, de computador, de celular e prometendo a solução pro mundo caso acreditemos neles e assim demos o nosso voto, além do voto de confiança.

Eu não nasci a 10.000 anos atrás mas lembro-me dos meus avôs e avós sempre ironizando as tais promessas malucas. Ah, minha avó não tava maluca!!!

Eu não nasci a 10.000 anos atrás mas já vi amigos meus, lutadores fiéis do bem comum, cristãos de berço, de fé e de obras, botarem o pézinho nas entranhas da política e em bem menos tempo de convivência, bem menos que o tempo de caminhada, virarem a casaca.

Realmente, eu não nasci há 10.000 anos atrás, mas assisto um filme se repetir constantemente. O que muda são as caras, os nomes e endereços. A cada tempo, em cada época, lá estão eles e elas, se comprometendo com a hiper-mega-super-mudança... Os que realmente fazem são poucos e esses... ah, são pouco consagrados, quase esquecidos, sem nome, sem expressão midiática. Apenas são comprometidos, escondidos, ocultados, uma pedra no sapato da cúpula, da hierarquia, das instituições e dos folgados e safados. Por quantas vezes são apagados do mapa... Pra alguns o silêncio é uma imposição que vem de cima!

A decepção com a mudança das pessoas, principalmente as próximas e, que jamais imaginariamos um dia vê-las corrompidas pelo poder, é algo já costumeiro. Andar descrente com o ser humano é viver um processo de quase não acreditar em si mesmo. Afinal todo mundo é passivo de confiança até que se prove o contrário.

Então, as eleições estão aí, quase chegando... Que os nossos candidatos, principalmente os cristãos, não só se comprometam com as mudanças sociais mas também em não deixar-se corromper pelo poder. Se não, vai ferrar o sistema...!

Ailton Domingues de Oliveira
07/06/12