quinta-feira, 21 de junho de 2012

Unidade nas diversidades - tem que fazer valer!


Sabe, sempre me ponho a pensar na "Colcha de Retalhos", a Unidade na Diversidade... Já passei, e creio que a maioria daqui também, por momentos de puro atrito com pessoas de ideias e ideais diferentes dos meus. Estamos no ou num mundo e ao m...esmo tempo somos um mundo em nós! Somos repletos de egoísmo e sempre buscamos fazer valer a nossa vontade, a nossa ideia. Compramos a briga em prol da bandeira que acreditamos.

Uma certa vez, em meados de 1.999/2.000, após uma "baita" encrenca-discussão-debate com pessoas de movimentos diferentes que ultrapassou os bastidores da igreja, fui ter uma reunião com o padre local. Na época estava como Coordenador da PJ na Comunidade onde participava e representante Paroquial junto à Diocese.

Apesar de não me identificar com sua forma de lidar com a PJ, apesar de não ter nenhuma empatia com sua pessoa e o considerar péssimo acolhedor, no momento em que eu hastiei minha bandeira e disse "que jamais admitiria nem permitiria que nenhuma pessoa falasse mal ou fizesse qualquer coisa contra a minha PJ, aquela que eu escolhi para servir à Deus e à Igreja", lembro-me bem de sua resposta:
- "Não somos nem de Paulo e nem de Pedro, somos de Cristo..."

Disse aos Coordenadores Paroquiais da época que iria para esta reunião com uma Flor e uma Pedra e estava disposto a levar esta luta às últimas instâncias, custasse o que tivesse que custar! Fui surpreendido por tão poucas palavras, sábias... Não entreguei a flor e nem atirei a pedra...

Passaram-se vários anos e um dia tive o ímpeto de procurar esse padre. Desabafei o quanto pude. E disse que nós enquanto líderes da PJ nos sentíamos completamente esquecidos por ele, em sua função. Foi uma conversa comovente, onde muitas mágoas afloraram. Foi necessária e no tempo certo. Reconhecemos nossos erros, ambos reconhecemos...

Ainda me questiono sobre a unidade na diversidade. Hoje, atuo na equipe de Canto e Liturgia da Comunidade onde participo. Os problemas são os mesmos. Trabalhar com pessoas é isso: complexo, cansativo, difícil, mas ao mesmo tempo simplesmente gratificante e compensador.

Peço desculpas pela extensão do comentário, mas é algo que sempre me põe a pensar e que de certa forma gera um bom caldo pra bate-papo.


Comentário no grupo de discussão no Facebook: "Pastoral da Juventude: Sonho, Fé e Luta". Em 21/06/12.

Ailton Domingues de Oliveira
21/06/12