segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Raízes



Ao centro: Maria Rita de Jesus e Custódio Gonçalves (meus tataravô e tataravó -"In Memorian"). Em pé, ao fundo, da esquerda para a direita: Vitalina -"In Memorian" (mais conhecida como Lora), Francisca -"In Memorian" (minha bisavó, mãe da minha avó Iolanda -"In Memorian"- que é mãe da minha mãe Claudete), Sebastião -"In Memorian"- e João -"In Memorian". Ao lado de Maria Rita: Dongue -"In Memorian". Ao lado de Custódio: Francisco -"In Memorian"- e José, com a mão na perna de seu pai. No colo: Zodarte. Entre os pais: Nadir. A caminho, ainda na barriga da mãe: Hilda, a caçula da família.




Não poderia deixar de expressar em palavras escritas, para que se registre nas linhas do tempo, o tamanho da emoção e felicidade ao ver, rever e também conhecer tantas pessoas dessa família ao qual faço parte.

Longe de ser um profissional da escrita levo essas linhas  puramente por emoção, hobby, amor à causa. Escrever é como aprofundar nas raízes, no buraco onde se faz o alicerce. É adrenalina, crítica e denúncia também.

Meu filho Felipe, de 8 anos, outro dia queria um blog com o título "Nas areias do teu mar". Título profundo levando em conta sua mera idade. Ele, começou também a escrever seu livro num caderninho azul de capa dura: "Meu mundo mágico". Confesso que me impressionei por demais ao ver o seu gosto pela arte.

Mostrei-lhe algumas fotos antigas e fui falando o nome das pessoas que conhecia. "Nossa pai, como nossas tias estavam lindas!", ao que respondi: "não meu filho, hoje elas estão ainda mais lindas... Elas e eles carregam no coração e na memória o peso das gerações, a alma viva de nossas raízes, a história contada, narrada e cantada, em prosa e verso, por quem nos precedeu."

Pode ser que, devido às dificuldades de tempo e distância, entre outros fatores, dificilmente veremos todos e todas, mas quanto a isso a tecnologia nos permite ampliar essa saudade, mesmo daqueles que não tivemos a chance de conhecer.

Tivemos, aqui também, como presente, o saber sobre nossas origens através desses poetas e poetizas da vida, os nossos patriarcas e matriarcas que reforçam a valia e o sentido dessa jornada.

Independente de religião, opção política e posição social, temos um elo que nos permite no mínimo sonhar e acreditar que tudo valeu a pena! A vida valeu a pena de ser vivida e assim será sucessivamente de geração em geração. Somos a verdadeira unidade na diversidade...

Queridos e queridas, parece que minha vida, meus dias tornaram-se mais alegres, festivos e coloridos desde que começamos este contato virtual. É como se, de repente, em meio a ausência, o tempo e a solidão, fomos agraciados por um toque Divino... um novo e místico suspiro com sabor de vida nova, poesia viva, nostalgia e alegria. Não sabemos sobre o futuro, mas já sabemos parte de nossa história.

Pra finalizar deixo a frase de um grande poeta: "Por hora, basta-me saber que estão aí!” E completo: “Basta-nos saber que estamos aqui, em Grande Família!”