terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sob o silêncio, o alento Divino



"Sob o véu do silêncio
Pela cortina da noite
Tendo a lua como holofote
E o crepitar da chama de uma vela
Poucas estrelas ousam insinuar-se em brilho
Verde acima, com seus frutos, desencadeiam nas árvores
As flores que nascem, exalam perfume e despetalam-se 
Já viram brotos após a poda
As folhas secas que ao solo se juntam
E já sem vida retornam ao pó
Servem de adubo... ciclos!
No desenhar de cada letra
Pela caneta que desliza sinuosamente sem linhas
Ainda assim, nas entrelinhas 
Colorem o papel em cores invisíveis 
Que tonificam o sentido de cada palavra
A magnitude de Deus 
Neste silêncio uivante
Nesta vida delirante
Se caracteriza em esperança e fé
O sentimento tolhido
Como o botão de rosa podado
Como num céu que já fora estrelado
Amargo gosto e dor
Aprisionado nesta redoma
Já sem ar
um lento caminhar
Prossigo ao som da música
No tom que a vida se pinta
Dando adeus ao que não se viveu
Chorando o que já seu como partido
Assim, elevo meus pensamentos
E como pela estrada que se caminha só
Onde a sombra é a de Deus, em seu Filho escolhido,
Que em seus braços me carrega
Para um recanto e descanso
O alento Divino..."