quarta-feira, 16 de março de 2016

Novo tempo de amar


Na despedida do que bani
Ficaram apenas cinzas
E se dissiparam no tempo
Na força do pensamento
Com o novo que explode
Novo que traz o fogo
Traz calor, amor
Acalenta a alma
Esquenta e acalma
Aquece do frio
Provoca o calafrio

Falam (rão) aos ventos
Mas já não estarei aqui
Nem velado serei
Não permitirei
Não quero sombras
Nem fantasmas
Nem memórias de vidas vazias
Que meu eu descanse em paz
Longe do veneno que a língua traz
E bem vivo para uma nova vida

Não há o que dizer
Ao que já foi
Já foi, não é mais
Porque não haveria de sê-lo
Na real da vida
Se existe um destino
Eu o descobri
E não há o que me faça desistir
E se não existe o acaso
Minhas linhas foram pintadas
Por mãos sagradas
Que me tiraram do léu
Por um anjo do céu

Que o tempo de cada qual
Seja usado ou guardado para si
Que não se limitem a conspirar
Pelo fato de meus atos
Adeus ao que ficou
Adeus ao que findou
Adeus ao que passou
É novo tempo
Tempo de florir
Tempo de sorrir
Tempo só de amar

Amei o amor e o amor me amou!