terça-feira, 1 de março de 2016

Estação Março: Sonhos, Poesias e Loucuras


E...
caminhando por entre as nuvens
percebi quão árido estava meu chão
paisagens solitárias entre as nuances do tempo
nada constante, nada faltante, nada restante
somente um personagem banido de seu próprio enredo
um desvelar regado a ausências e incertezas 
com um desfecho de solidões inéditas em cada ato
e um horizonte utopicamente inalcançável 
Fora assim...

Então...
nesse desembarque de outrora fica o caminhar apenas
cenários destruídos e reerguidos em novos palcos
enredo destemido de um sonho restabelecido
na lenta decisão de prosseguir e desapegar
perdoar e libertar, o presente vem a caráter
na estação da vida se recarrega de sonhos
e não se enterra mais poesias nem loucuras
que a fonte no jardim nos abasteça em amor
Somos assim... A folha e a raiz.