sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Templos ou túmulos

“Trabalho, empenho, aprendizado
Fanqueza, desinteresse, mediocridade
Libertação pela fé
Alicerce pela educação
Sem barreiras impostas
Ergue-se o templo
O ócio permite o túmulo
A ignorância do saber é ou não imposição
O direito está aí
Não para todos
Pois de quem é de direito
Nem o conhecimento tem para exercê-lo
Constroem-se templos vistosos, alegóricos
Formam-se túmulos internos, mofados
Ignorância, prepotência, ganância
Tudo vem de cima
No caminhar ao redor do altar
Questionei-me sobre o que seria eu
As vezes templo, as vezes túmulo
No templo, diante do tempo que vivo
Sinto o dever e o poder
A obediência, a fé a que me seguro
Com mãos fortes
No túmulo, quando permito que o exterior me adentre
Sinto-me tão oco, tão vazio
Diante da graça de conhecer a verdade
E de inistir no que deveria por si só
Jamais acontecer...
A libertação, o desprendimento, a cura
Só acontece no tempo, as vezes tardio que seja
Temos a chance de ser tudo
Temos a opção de ser nada
Podemos edificar o coração
Como um templo do Espírito Santo
Podemos aderir ao mundo e
Deixar o vazio enfeitar o coração
Como um verdadeiro túmulo
Ao qual se está enterrado vivo
Templos vivos ou túmulos mofados
Luz ou trevas
Verdades ou ilusões
Alegria ou tristeza...
Opções...”

Ailton Domingues de Oliveira
10/11/11