sábado, 17 de dezembro de 2011

Última folha: Eis-me aqui Senhor! II

“Ao chegar no fim de um trajeto
Por vezes não nos damos conta da distância percorrida
E dos detalhes encontrados pelo caminho
Visualisamos o que nos parece essencial
Cada qual com o seu gosto
Por vezes, alguns trechos andamos devagar
E por mais que tenhamos pressa
Parece que não conseguimos sair do lugar
Mais um ano que se finda
Mais uma folha que e preenchida
Mais tintas que aqui foram usadas
E eis que me pergunto sobre o que foi construído
O que foi edificado, corrigido, erguido
E claro, o que foi destruído e derrubado
Ao olhar para os últimos anos
Apenas percebo ter feito a melhor esoclha
Outros caminhos e opções surgiram
Nem sempre foram acertados
Mas uma coisa é verdade
Tenho a certeza de que quero prosseguir
Quero continuar, quero tentar, quero lutar
Se eu não conseguir, acreditarei que
Não dei o meu melhor ou
Que os projetos de Deus eram outros
Nesta última folha deste caderno
Deste dia, deste ano, neste dezembro
Renovo meus votos,  meu compromisso
De banir cada vez mais os vícios
E exaltar as virtudes
Que o ohmem velho se extingüa
Que o novo homem renasça
Na esperança deste Natal,
N’Aquele que é a própria esperança,
Cada vez mais próximo de Deus
Cada vez mais regrado e obediente à Ele
Cada vez mais filho
Cada vez mais pai
Cada vez mais humano
Cada vez mais autêntico...
Nesta última folha: Eis-me aqui Senhor!”

Ailton Domingues de Oliveira
16/12/11