Aos desavisados de plantão
Às puritanas de ocasião
Que não se espantem
E do bom sentido não se privem
E do bom sentido não se privem
Nem banalização do amor
Tampouco vulgarização do sexo
Nem quebra de pudor
Tampouco sentimento desconexo
Completudes que transcendem pensamentos
Insensatez tão lúcida quanto a lua
Almas que irradiam sentimentos
Na cama, na grama, na trama tão nua
Alquimia tão profunda quanto a noite
Entrelaces de regras desprovidos
Olhares que atingem em açoites
Desejos inocentes explodidos
No suor das carícias desmedidas
O sórdido avanço se obscena
A incoerência das velas derretidas
E a luz que se ofusca em cada cena
Tempestade de um tempo irrequieto
Fotografia imaginária em cada ato
Desnudam-se os desejos mais secretos
E perdura a química desse deleite insensato
Esse dueto que transpira tentações
De intenso é tão sagrado quanto profano
Delicadezas eloquentes dos sertões
E o sexo tão quente quanto insano
Amor é prosa, sexo é poesia
De dois corpos em êxtase plenificados
Amor de alma e pele tem magia
Na infinitude de um romance retratado...