terça-feira, 28 de junho de 2016

Pássaro ferido


Repousa em seu regaço
Pobre pássaro ferido
Que sob as asas que o sustentaram
Agora chora o canto da saudade
Teu alicerce desmoronado
Num tempo ingrato
Que lhe tira o esteio
E lhe devolve ao meio
A liberdade sem diretriz

Pobre pássaro ferido
Que se eleva ao horizonte
Tão menino e sem destino
Clamando respostas
Desconsola-se na miragem
Na perda de teu herói
E se agarra na história
Na sã memória que não se esvai
E faz seu tempo
Seu eternizado momento
De superação e bater de asas

Pobre pássaro ferido
Que nas asas do teu legado
O nome do teu herói será honrado
Se a vida lhe tirou o chão
Tuas asas os céus lhe darão
Chore a dor mas sorria o amor
Regresse e repouse em teu ninho
Não tenhas medo
E se preciso for
Refaça o caminho
Com sonho, fé e luta...