segunda-feira, 20 de junho de 2016

Quando a luz se apagar


Quando a luz se apagar
Eu quero levar a certeza
Das histórias, somente
E, de pronto numa estação qualquer
Vou adentrar na embarcação
E entre lágrimas e sorrisos
Jogarei flores pela janela
Pensarei em cada lembrança eternizada
Na saudade que ficará pela distância
No vazio que se seguirão os dias
Longe de tudo e de todos
Rumo ao desconhecido destino
Talvez nem meu nome será necessário
Talvez nem lembrado serei de onde vim
Talvez... tudo não passe de ilusão
Ou de sonho, ou apenas vida e morte
Eu quero estar no para-sempre
Dos meus amigos, tão poucos e tão loucos
Tão longe e tão presentes
Tão autênticos e tão diferentes
Quero estar no sorriso dos meus entes
Quando a lembrança louca assombrar os seus dias
Quero estar nas linhas das minhas confissões
Que tanto enigmatizei em vida
E que a partida,
Que já nos acomete em cada dia dessa lida,
São pétalas que deixamos pelo caminho
Há quem deixe apenas espinhos,
Há quem se lamente pelo caminhar sozinho,
Eu, quero apenas, ficar no amor
Dos que sempre amei...