sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Hoje, ontem, amanhã


Hoje, 
Trago flores
Descarregado de pedras
Desprovido de dores
Após tantas esperas
Após tantas amores

Hoje,
Embriago-me de paz
Num copo sem cachaça
Largo a tristeza para trás
Deixo de lado a desgraça
O resto tanto faz

Ontem,
Afoguei-me na desesperança
E numa labuta inquietante adormeceu
Aquela latente lembrança
Da saudade do que não se viveu
Na eterna alma de criança

Amanhã,
O sol voltará a brilhar
Frio ou calor, sorrirei
A noite terá luar
Palco de estrelas, cantarei
E assim poderei amar