segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Teus rastros

Na cortina que se desata nas manhãs de ausências
Sigo enlouquecido, de motivos desprovido
Desimportando com o imundo real
Improvisando melodias, entre gritos de agonia
Caçando teus sinais e as significâncias reinventando

Nas tardes de meio sol, sem sol, sem eloquência
Caminho pelo solo virgem de pensamentos adormecidos
Acordando das miragens sem o teu sinal
Resfriando o sangue e salvando o coração sem sintonia
Caçando teu cheiro no tempo que segue de ti me levando

No desfecho que acerca as noites de solidão e sem tua essência
Sobrevoo tantos mares, lugares, altares, infinitos
Guerreando contra o destino, traquino e tão mau 
Buscando tua alma, tua alegria
Caçando teus rastros, por ti vou sobrevivendo