segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Dor que já fora amor




"O tempo futuro
Adiante vai te lembrar
Desta chama que teima
Em não se findar

No medo e na incerteza
Sem segredo e sem destreza
A fala que não mais distrai
O olhar que se voltou atrás

Caminhar ferido em meio à solidão
Palpitar gemido de um levado coração
Futuro sem fim para o sentimento
Seguro ruim de um tal momento

Por que tanto teimas meu coração?
Por que o pranto da costumeira solidão?
Na sincera queixa do meu ser
Na espera a deixa de um novo amanhecer

Suave e meiga, a brisa leve tende a afagar
Alegria minha é a mão de Deus a consolar
Na tenra terra, de um mundo inquieto
Amarga espera, para um pulsar mais perto

A flor podada firmou raiz
A dor guardada, antes fora caminhada feliz
Barreira imensa, a separar os mundos
História tensa, a persistir profunda

Inquieto coração
Amarga solidão
Eterna dor
Que já fora de amor

Vida ligadas
Promessas firmadas
Eterna dor
Que já fora de amor

Ainda persiste
Coração não desiste
O corpo resiste
Mas,
Eterna é a dor
Que também é por amor..."

"...vai lembrar de um cara como eu
que tem amor mas não sabe muito bem como vai dizer..." (Seguindo no trem azul - Roupa Nova)


Ailton Domingues de Oliveira
(26/08/12)