quinta-feira, 21 de julho de 2016

Pacto: luas e rosas

Na terra da paixão
Há um tempo 
Em que brilham somente as luas
E no jardim só florescem rosas
Uma terra que já foi deserto
Com requinte de oásis
Penumbra solitária nas noites de sertão
Amanhece fria com o orvalho da manhã
Manhãs de estrelas
Manhãs de luas
Manhãs de rosas
Manhãs escuras sem sol
Incendiosa terra inexplorada
Queima ardilosamente 

Na terra da paixão
Há um tempo 
Em que tempo se eterniza
Sob os clarões que sombreiam 
A silhueta dos corpos envolvidos
O perfume exalado enfeitiça
E as pétalas tornam-se cama
A noite é eterna no vermelho 
Vermelho das luas
Vermelho das rosas
Vermelho do pacto de sangue
Incendiosa terra inexplorada
Queima ansiosamente à espera...